Greve Estadual do Rio de Janeiro
Ahoy! Prezados. Venho por meio desta discussão perguntar a vocês sobre o posicionamento que possuem sobre o sucateamento dos serviços públicos do Estado do Rio de Janeiro. Eu como professor do Estado sinto ferido não só como profissional, mas também como cidadão em enxergar um futuro sombrio com o Desgoverno. Então gostaria de saber de vocês se tem algum tipo de posicionamento de apoio formal ao movimento, se tem algumas discussões ou se poderia me indicar onde há. Desde já um grande abraço! Alainclaire.
galdino Fri 11 Mar 2016 4:11PM
tirando conteúdo que é compartilhado lá na página do feisse, não tem posicionamento oficial não. se quiser colaborar com uma nota formal, seria uma boa. eu tenho mais acompanhado a questão das pessoas bolsistas da faperj, que tão sem receber desde o pagamento de janeiro (referente ao mês de dezembro).
aqui um posicionamento da apg-ufrj sobre a pec 19/2016: https://apgufrj.wordpress.com/2016/02/29/nota-da-associacao-de-pos-graduandos-da-ufrj-contra-a-pec-192016/
Denilson José da Silva Fri 11 Mar 2016 4:16PM
Não entendi bem.
Mas estou no IBGE, onde trabalho. Não acesso outra coisa além do loomio e email. Não posso ir ao wordpress, é travado.
Em 11 de março de 2016 13:11, galdino (Loomio) escreveu:
tirando conteúdo que é compartilhado lá na página do feisse, não tem posicionamento oficial não. se quiser colaborar com uma nota formal, seria uma boa. eu tenho mais acompanhado a questão das pessoas bolsistas da faperj, que tão sem receber desde o pagamento de janeiro (referente ao mês de dezembro).
aqui um posicionamento da apg-ufrj sobre a pec 19/2016: https://apgufrj.wordpress.com/2016/02/29/nota-da-associacao-de-pos-graduandos-da-ufrj-contra-a-pec-192016/ ( https://apgufrj.wordpress.com/2016/02/29/nota-da-associacao-de-pos-graduandos-da-ufrj-contra-a-pec-192016/ )
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galdino Fri 11 Mar 2016 4:20PM
@denilsonjosedasilv
Nota da Associação de Pós-Graduandos da UFRJ contra a PEC 19/2016
Publicado em 29 de fevereiro de 2016
A Associação de Pós-graduandos da UFRJ vem se manifestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) – nº 19/2016 -, publicada pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em 3 de fevereiro, que reduz em 50% o investimento destinado à Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPERJ), o que significa reduzir o percentual da receita tributária do estado destinada à pesquisa (atualmente, de 2%) para 1%.
A FAPERJ é responsável pelo fomento à Ciência e à formação científica e tecnológica necessárias ao desenvolvimento sócio cultural do Estado do Rio de Janeiro, através do pagamento de bolsas e auxílios para pesquisas. Esse corte representa um retrocesso histórico do papel da Fundação e uma grave ameaça às pesquisas desenvolvidas no Rio de Janeiro e à subsistência de pesquisadores que dela dependem. Apesar da elevada importância para a comunidade acadêmica e fluminense – as instituições do Rio de Janeiro são hoje responsáveis por 20% da pesquisa científica e tecnológica nacional – desde 2015 a Fundação tem sido vítima de políticas de contingenciamento de verbas, com o atraso sistemático no pagamento de bolsas, que agora permanecem sem previsão de cumprimento. A FAPERJ tampouco tem disponibilizado informações com antecedência sobre atrasos e previsões de pagamento.
Vale lembrar que a FAPERJ exige de seus pesquisadores um regime de dedicação exclusiva, impedindo que tenham outros vínculos de emprego, o que torna a medida ainda mais grave. A falta de compromisso com o pagamento das bolsas e a indiferença com que o governo do Estado vêm tratando as pesquisas vinculadas à Fundação revelam o menosprezo desse governo pelas instituições públicas que produzem conhecimento a partir do ensino, pesquisa e extensão. Alertam também para a vulnerabilidade em que se encontram pesquisadores das universidades públicas, que não têm direitos trabalhistas, possuem vínculo de dedicação exclusiva e recebem bolsas de estudos de valor irrisório, o que leva à uma situação de extrema precariedade.
Além da drástica redução de orçamento da FAPERJ de aproximadamente R$ 500 milhões para R$ 250 milhões, a PEC ainda reduz de 35% para 25% da receita de impostos o mínimo a ser investido pelo estado em educação. Essa medida vem acirrar ainda mais o desmonte das Universidades do Estado, como é o caso da UERJ, que assiste ao colapso da instituição e foi palco ano passado de importantes ocupações e manifestações estudantis – medida contra a qual toda a comunidade acadêmica deve se manifestar. O corte de R$ 18,4 bilhões anunciado no orçamento deste ano – 9,3% deste montante só na educação – fazem-nos questionar qual é a real prioridade deste governo. Ao mesmo tempo em que aplica uma agenda de ajustes, garante a isenção de impostos às concessionárias de transporte e à Light, assume uma dívida de 39 milhões de reais da Supervia, e concede benefícios fiscais a grandes construtoras.
Essas medidas nefastas se agravam quando somadas à política de não-pagamento das pessoas trabalhadoras em serviços terceirizados, atraso do pagamento das bolsas estudantis e corte do 13º salário de servidores. Deve-se lembrar ainda que tal cenário de crise não é um fato novo, e tem relação direta com o endividamento irresponsável do governo do Estado entre 2006 e 2014, além de se inserir num contexto mais amplo de contingenciamento de verbas para a educação e de precarização das instituições públicas, política implementada de forma clara desde 2014 também pelo governo federal e que revela um pernicioso projeto de desmonte e de privatização das universidades públicas.
A APG está atenta e mobilizada junto aos estudantes para que não haja retrocessos. Cabe a nós resistir e nos mobilizar em defesa da autonomia da universidade gratuita, pública e de qualidade.
Nenhum direito a menos!
KaNNoN Fri 11 Mar 2016 4:36PM
Policiais civis fazem paralisação de três dias no Rio
Denilson José da Silva Fri 11 Mar 2016 5:03PM
Aí... Bagulho tá doido...
Em 11 de março de 2016 13:36, KaNNoN (Loomio) escreveu:
Policiais civis fazem paralisação de três dias no Rio
Anexos:
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Alan Passos Fri 11 Mar 2016 5:08PM
Poderíamos nós lançar uma nota de apoio ao movimento grevista?
KaNNoN Fri 11 Mar 2016 10:23PM
Acho q uma nota deveria expandir mais...
Denilson José da Silva · Fri 11 Mar 2016 3:51PM
Eu estou terminando meu curso de biologia na UERJ... Defendo a monografia dia 29... Espero...
Se eu for entrar neste assunto... Vou falar demais, me desculpem.
O Governo atual apenas queimou a infra-estrutura do estado.
Eu me lembro que os soviéticos fizeram isso quando os nazistas iriam invadir as cidades russas.
Sendo específico: 1) A Zona Oeste receberia o Campus/Polo Biotecnológico da UEZO. Assim o Estado do RJ poderia fabricar medicamentos e vende-los ao SUS, como a FioCruz faz, mas passando a ter uma renda estadual própria através disso.
Situação atual: A UEZO teve 99% da verba cortada, ainda funciona em uma escola estadual que "empresta" o espaço e o Campus biotecnológico da Zona Oeste está longe de ser real
O RJ perdeu quanto aqui?
2) A Universidade Gama Filho faliu. Seu Campus principal em Piedade enorme, estruturado, com infra-estrutura referência nacional no mínimo em educação física (Ironia na Cidade Olímpica?) jaz em paz na Piedade de Deus. O local teve uma queda drástica da economia local. O Campus valorizava o local, levando alunos que promoviam busca por aluguéis, mais venda nos comércios locais etc.
O Governador Pezão teve em suas mãos o poder de assumir isso e entregar para a UERJ, dobrando o seu número de vagas e fazendo um total de 15 mil novas vagas de cotistas (A Gama Filho tinha capacidade para uns 33 mil, 50% para cotistas. :) . Em Piedade.
O Que o Senhor Pezão Fez? Ele fez o que os russos fizeram quando Napoleão se aproximava: destruiu recursos para o inimigo não se aproveitar deles. Por favor, Um campus estadual em Piedade é ruim para quem?
Pessoal é sério, isso fez o estado perder potencial enorme, desenvolvimento sem igual no país. Único! E o que foi feito? Sem Biotecnologia e medicamentos mais baratos e avançados, sem Campus Estadual em Piedade...
Eu sou mineiro... Sempre penso em voltar pra Minas, mas poxa... O RJ tem um potencial incrível, mas não usa. Não faz crescer essa economia da alegria que só tem aqui. Está perdendo recursos e oportunidades. Eu ainda estou aqui pois acho que tentar investir em recuperação ambiental de comunidades pode dar certo. Passei a morar em uma. Vou tentar, mas esta destruição do estado pelo governo já passou dos limites aceitáveis. Isso não é nem liberalismo. Isso é "Economia de Guerra". Quem é o inimigo para o Governo? Quem mais morre nesta guerra?
Desculpem pelo desabafo.