Loomio
Mon 12 Nov 2018 4:36PM

A estratégia binormativista

EMQ Eliseu Mera Quintas Public Seen by 122

DEBATE ASSEMBLEAR SOBRE O BINORMATIVISMO (Ponte Vedra, 1-12-2018)

Introduçom

Polo menos até o final do presente mandato, o Conselho da AGAL tenciona trabalhar em torno do eixo programático do binormativismo. Consiste numha proposta de política linguística destinada a aproveitar em favor do galego e da populaçom em geral as diferentes posturas que existem em relaçom à codificaçom do galego, porque assumimos que nengumha delas vai desaparecer e que todas têm vantagens. O objetivo é que na sociedade avance a tolerância em relaçom às diferentes estratégias existentes para promover o galego. Consideramos, de facto, que neste momento de crise da transmissom geracional da língua, a acumulaçom de forças em prol do galego, seja qual for a orientaçom ortográfica d@s utentes/ativistas, irá ser vista com cada vez maior simpatia, particularmente no galeguismo político e cultural.

Com o binormativismo pretendemos ir construindo um novo consenso para a língua, nom tanto através de umha negociaçom que atinja objetivos concretos nos próximos meses ou anos, senom sobretodo gerando um estado de opiniom que poda vir a dar outros frutos no futuro. A desejável implementaçom de umha política binormativista, quando a sociedade estiver madura para a assumir, deveria concluir com a equiparaçom total dos direitos linguísticos de reintegracionistas e autonomistas, mas devemos assumir que para isso ser de facto possível, é preciso interlocutores de ouvidos abertos e muita pedagogia.

Quanto à AGAL e ao reintegracionismo, desejamos ampliar o nosso público alvo, de maneira a mais pessoas se atreverem a opinar sobre a questom da convergência com o português, sem pontos de partida ou de chegada categóricos. Ainda, aspiramos a aumentar a simpatia polo lusismo em setores muito adversos a ele na atualidade, fomentando nesses âmbitos a abordagem da questione della lingua sem preconceitos nem temores.

Divulgaçom da estratégia binormativista

Até ao final do verão, ela será apresentada a diferentes coletivos, instituições e partidos, nom apenas para expor a nossa ideia, mas sobretodo com o objetivo de ouvir alternativas, conhecendo-lhe os inconvenientes e fazendo-lhe melhorias.

Porém, antes queremos começar por discutir esta proposta com o conjunto de sócios e sócias da AGAL, que durante as próximas semanas, até à assembleia da AGAL, poderám discutir o texto que figurará no FAQ oficial da AGAL caso seja aprovado na assembleia. Como noutras ocasiões, para o debate pré-assemblear usaremos a ferramenta Loomio. A decisom tomada com esta ferramenta nom é vinculante, mas com certeza será tida muito em conta pola assembleia em que será (ou nom) aprovado. No Loomio, para além de te pronunciares sobre a proposta em geral, votando a favor ou contra, poderás fazer emendas (emendas de supressom, de acréscimo ou de modificaçom) usando a opçom dos comentários. As emendas serám recolhidas pola Secretaria da AGAL para serem discutidas nas assembleia de 1 de dezembro.

TEXTO PARA SER DISCUTIDO, EMENDADO E FINALMENTE APROVADO/REPROVADO NA ASSEMBLEIA

Apresentaçom da estratégia binormativista

Que é o binormatismo?

O binormativismo é a coexistência, em paridade legal, de dous modelos gráficos para representar umha mesma língua: um modelo mais local e outro semelhante ou compartilhado com um ou vários estados vizinhos. Os usos correspondentes a ambos os modelos nom têm de ser simétricos, mas é importante que ambos contem com reconhecimento legal.

Existem modelos de binormativismo próximos que podamos ter em conta?

Os casos que melhor se adaptam às nossas circunstâncias som o luxemburguês e o norueguês.
No caso do Luxemburgo, a língua culta à qual se subordinava a variedade luxemburguesa até 1986 era o alemám padrom. Mas a partir de 1986 o alemám padrom convive com umha forma local luxemburguesa que também é ensinada nas escolas e que tem os mesmos direitos que o alemám padrom. Um modelo parecido permitiria aos galegos e galegas usarem, para a língua escrita, quer o português padrom quer o galego oficial atual, segundo qual fosse a sua conveniência. Para todos os efeitos, ambos teriam a consideraçom de línguas diferentes, mas oficiais, que é o que interessa.
No caso da Noruega convivem duas normas que, ao contrário do que acontece no Luxemburgo, som consensualmente consideradas formas da mesma língua norueguesa: a bokmål, mais próxima da língua dinamarquesa e a nynorsk, elaborada a partir dos dialetos ocidentais do país. Todos os cidadãos têm de conhecê-las de forma passiva, mas cada pessoa e cada Administraçom pode usar a que entender. Com um modelo parecido, no contexto galego, as pessoas poderiam estudar quer um português galeguizado (bokmål) quer um galego assente nas falas populares (nynorsk) para depois poderem usar, para a língua escrita, o galego-português (com qualquer umha das suas variantes) ou o galego “oficial” atual, segundo qual fosse a sua conveniência.

Que ganha a língua da Galiza com o binormativismo?

Seria umha forma original de resolver um conflito que a muitas pessoas tem parecido negativo, tornando-o propício para a normalizaçom do idioma.
O binormativismo fomentaria a colaboraçom das posturas autonomista e reintegracionista, salientando o que ambas podem ter de benéfico para o galego. O galego ganharia perspetivas de futuro se integrasse as vantagens da opçom autonomista (relacionadas com a identificaçom da mesma com as falas atuais ou com história literária dos últimos séculos), com as vantagens da opçom reintegracionista (relacionadas com a projeçom comunicativa e a estabilidade formal que proporciona). Nom temos a certeza de quais serám as prioridades dos utentes daqui a uns anos e seria interessante prepararmos a língua para todas as eventualidades.

Que ganha a populaçom galega com o binormativismo?

Seja qual for o nosso parecer ou usos linguísticos iniciais, todas as pessoas poderiam aproveitar a proposta a seu favor.
Ganhariam as pessoas partidárias de normalizar o galego, já que, mesmo que usassem umha norma ou outra, polo facto de conhecerem as duas, teriam a oportunidade de reforçar o seu léxico e estruturas num sentido ou noutro.
Ganhariam as pessoas para as quais a normalizaçom linguística nom é umha preocupaçom, já que poderiam aproximar-se do galego do ponto de vista mais motivador para elas: quer por motivos culturais quer por motivos estritamente económicos ou profissionais.
Ganhariam mesmo as pessoas reticentes à normalizaçom linguística, já que a proposta lhes forneceria a oportunidade de enriquecer-se pessoal ou profissionalmente, ainda que fosse de um ponto de vista indiferente a umha identidade cultural que nom as motiva particularmente.

É possível umha política binormativista na Galiza?

As circunstâncias da Galiza som ideais para aplicar umha política linguística binormativista, já que, ao contrário do que acontece no Luxemburgo, por exemplo, existe total intercompreensom entre @s utentes de ambas as normas, quer oralmente quer por escrito. Ainda, destaca a prática ausência de conflituosidade entre apoiantes de ambas as normas, cujo debate se limita ao terreno cultural.
Por outro lado, é provável que as relações da Galiza com o país vizinho cuja existência dá origem ao debate, Portugal, venham a melhorar no futuro, de maneira que nada leva a pensar que o interesse polo conhecimento da língua portuguesa diminua na nossa sociedade.

Como se aplicaria na prática?

É preciso distinguir o conhecimento passivo da possibilidade do uso ativo das duas normas. Para tornar praticável o segundo é preciso garantir o primeiro.
Quanto ao primeiro, o conhecimento passivo, a partir da Lei Paz Andrade, aprovada no Parlamento galego em 2014, nas escolas galegas seria fácil estender o conhecimento, ao lado do galego comum, do galego internacional ou português. Outra alternativa seria introduzir o ensino da ortografia portuguesa nas aulas de galego, como complementar à oficial.
Alcançado o objetivo de um conhecimento suficiente das duas normas na Funçom Pública, já seria possível banir os constrangimentos ao uso ativo de qualquer umha das duas normas. Bastariam pequenas reformas legislativas para que ambas contassem com algum grau de cooficialidade.
Na prática as instituições garantiriam o conhecimento passivo das duas normas e nom interfeririam nas preferências das pessoas para o uso ativo de umha ou outra. Nas Administrações, em caso de dúvida, poderia priorizar-se a norma local, a atual oficial, mas a escolha também dependeria de cada umha delas.

Quais os pontos fracos da proposta?

A proposta tem, principalmente, três pontos fracos.
O primeiro é o próprio nome “binormativismo”, que traduz bem a ideia do que se pretende entre quem está familiarizado com a polémica normativa, mas problematiza o galego entre quem vive alheio a este debate.
A partir daqui, temos pontos fracos diferentes segundo o modelo adotado.
Por um lado, introduzir o ensino da ortografia portuguesa nas aulas de galego faria com que os sectores do galeguismo mais adversos ao reintegracionismo sentissem questionada a independência da língua galega.
Por outro lado, generalizar o ensino do português como segunda língua estrangeira (com um padrão lusitano uniforme, mesmo fonético), para além de ser mais caro para a Administraçom pública, poderia colidir com o uso ativo das modalidades em construçom do português galego (refletidas na Ortografia Galega Moderna), que deveriam ser todas reconhecidas polos poderes públicos, à margem de qual seja a variedade ensinada das escolas.

GU

Gerardo U. Tue 20 Nov 2018 7:07PM

Sim

1) Pedir o binormativismo para a Galiza não tem nada a ver com os usos internos na associação. 2) Pedir a oficialização do português na Galiza (que na prática acho que seria a concretização da proposta) é a via mais lógica para solucionar parte do conflito sobre a identidade da língua. 3) Não é uma proposta ‘riquinha’, é audaz, ao meu ver. 4) O DOG incluiu uns meses atrás versão em português (de tradução automática), isso é um sintoma 5) Nesta proposta, quem perde? Acho que só temos a ganhar.

EMQ

Eliseu Mera Quintas Tue 13 Nov 2018 8:06AM

Escrevei melhor os comentários nesta área para facilitar as interações.

JMV

Jesús Manuel Valcárcel Tue 13 Nov 2018 9:34AM

Sim, completamente de acordo. Surpreende-me que se tenha demorado tanto em lançar o debate mas este momento é tão bom como outro qualquer. Penso que o posibilismo é o caminho, o único caminho (não se espera uma revolução iminente), que conduz ao sucesso. Na minha opinião, a parte mais importante do processo (para mim muito desejável) vão ser as “fórmulas” que utilizemos para acercar a proposta à sociedade, a nossa capacidade como coletivo para a fazer atraente (há muitas opções). Acho que é uma oportunidade que pode e deve converter-se num passo determinante, um salto qualitativo, face a uma ação de massas.

JLF

Poll Created Tue 13 Nov 2018 10:58AM

Convém esclarecer a terminologia das opçons, na minha opiniom tripartita. 1)português (P) 2)galego-português (G-P), norma AGAL genuína 3) galego comum (G) [O binormativismo implica as opçons (2) e (3); a (1) é sociologicamente excêntrica. Closed Fri 16 Nov 2018 8:03AM

Results

Results Option % of points Voters
Agree 40.0% 6 AO M JLF NP TF LR
Abstain 6.7% 1 DVR
Disagree 53.3% 8 EMQ RC JA IP ACL MC EXS APF
Block 0.0% 0  
Undecided 0% 128 JRP MS A XA SF MP MCV GU XT VF MGR RG JM RR SA AFP JCO BV MRF IFB

15 of 143 people have participated (10%)

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto
Disagree
Tue 13 Nov 2018 11:30AM

A Ortografia Galega Moderna da AGAL já abrange todas as opções e usos do reintegracionismo moderno, as que defines como opções 1 e 2. Distinguir mais torna inviável a proposta. Complica em vez de resolver, sobretodo fora do mundo filológico.

APF

Alberto Paz Félix
Disagree
Tue 13 Nov 2018 11:30AM

Eu acho que é bastante óbvio que a estrategia binormativista procura normalizar as opções 1 e 3. Noutras palavras, o galego ou bem escrito na norma RAG/ILG, ou na escrita portuguesa padrão. O "galego-português", noutras palavras, a normativa AGAL, fica num "vazio".

Eu acho que a mensagem é bem clara quando explicamos que há duas normas, uma "local/nacional" e outra "internacional". Obviamente a internacional é o português propriamente, não a normativa AGAL.

ACL

Antia Cortiças Leira
Disagree
Tue 13 Nov 2018 1:11PM

A ninguém lhe interessa isto, o galego, por enquanto, é galego RAG e o português é português padrão ou brasileiro. Tenho, e tive, muitas pessoas alunas (de todas as faixas etárias) que vêm às aulas por um 2x1: aporendem português e portanto aprendem e/ou melhoram o seu galego acastrapado ou portunhol.

JLF

Joám Lopes Facal
Disagree
Wed 14 Nov 2018 10:19AM

Ninguém se opom à escrita e práctica do português, e mesmo é visto com bons olhos nas instáncias oficiais.
O abandono da norma AGAL 83 por obsolescência decretada é também de livre adesom.
Assi sendo, a etiqueta de binormativismo é um excesso denominativo injustificado a menos que contenha umha oferta de armistício nom solicitada.
Em suma, o meu voto é contra.

JLF

Joám Lopes Facal
Agree
Wed 14 Nov 2018 6:27PM

Ninguém se opom à escrita e práctica do português, e mesmo é visto com bons olhos nas instáncias oficiais.
O abandono da norma AGAL 83 por obsolescência decretada é também de livre adesom.
Assi sendo, a etiqueta de binormativismo é um excesso denominativo injustificado a menos que contenha umha oferta de armistício nom solicitada.
Em suma, o meu voto é contra.

JLF

Joám Lopes Facal
Agree
Wed 14 Nov 2018 6:27PM

Ninguém se opom à escrita e práctica do português, e mesmo é visto com bons olhos nas instáncias oficiais.
O abandono da norma AGAL 83 por obsolescência decretada é também de livre adesom.
Assi sendo, a etiqueta de binormativismo é um excesso denominativo injustificado a menos que contenha umha oferta de armistício nom solicitada.
Em suma, o meu voto é contra.

JLF

Poll Created Tue 13 Nov 2018 11:31AM

En definitivo: 1) Língua teito 2) Interface 3) Língua base Closed Fri 16 Nov 2018 11:01AM

Results

Results Option % of points Voters
Agree 25.0% 2 M LR
Abstain 12.5% 1 TF
Disagree 62.5% 5 JA ACL GBL EXS LGD
Block 0.0% 0  
Undecided 0% 134 JRP AO MS A XA SF MP MCV GU XT VF MGR DVR RG JM RR SA EMQ AFP JCO

8 of 142 people have participated (5%)

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto
Disagree
Tue 13 Nov 2018 11:42AM

Continuo a achar que a nossa funçom na sociedade é, entre outras, tornar compreensível para as pessoas a questom linguística. Com termos como estes problematizamos o galego e afastamos a maioria das pessoas de umha soluçom para o mesmo.

ACL

Antia Cortiças Leira
Abstain
Tue 13 Nov 2018 12:45PM

Não estou a perceber patavina de que significa isto, nem para que é, nem nada... alguém pode iluminar, sff? Obrigada.

ACL

Antia Cortiças Leira
Disagree
Tue 13 Nov 2018 12:52PM

Não estou a perceber patavina de que significa isto, nem para que é, nem nada... alguém pode iluminar, sff? Obrigada. Já estou a ver... nossa!! Tinha saltado um par de mails, que ainda vou ver...

JLF

Joám Lopes Facal Tue 13 Nov 2018 12:01PM

Bom, proponho meditar na diferença entre o voto de convicçom e o voto da sociedade tal qual é. A realidade é espessa e inercial, a convicçom, unilateral e auto-referencial, com frequência.

ACL

Antia Cortiças Leira Tue 13 Nov 2018 12:55PM

Há que mudar no texto base de início do debate "Até ao final do verão..." onde foi o verão!?? ;S

NP

Norberto Pais Tue 13 Nov 2018 1:05PM

Acho que defender o binormativismo é alimentar o “cavalo de Tróia” do castelhano (norma RAG).

JLF

Joám Lopes Facal Tue 13 Nov 2018 2:03PM

Empoleirar-se no português (que nom precisa defensores) e abandonar o campo de confronto ao isolacionismo triunfante, nom parece bom negócio. Soa mais bem a "captatio benevolentiae"

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Tue 13 Nov 2018 2:10PM

Trata-se de aproveitar todo ao nosso favor, o português e o galego oficial em que tu também escreves artigos (algo que aplaudo). Está o galego numha situaçom que lhe permita rejeitar aliados?

IP

Inácio Prada Tue 13 Nov 2018 1:10PM

O problema que tem o galego, principalmente, é a falta de modelo padrão estável. Quer pela constante castelhanização crescente do modelo isolacionista que incorpora acriticamente à norma castelhanismos gramaticais (p.e.: con nós por connosco) e léxico-semânticos (p.e.: presuposto por orçamento), quer pela descentralização/desarticulação de modelos do reintegracionismo (não no vestido ortográfico, que é o de menos, mas na aclaração de preferências no modelo verbal ou certas escolhas léxicas, sintáticas...).

A proposta do binormativismo pode ser uma medida útil a curto prazo se o isolacionismo colabora e acha o reintegracionismo um igual. Algo que sabemos já como improvável. Porém, não podemos descuidar, por muito que consideremos ao povo galego leigo na matéria, que o binormativismo NÃO PODE SER UM FIM EM SI MESMO mas um passo cara a conservação duma língua viva e reintegrada (socio-)linguisticamente com as outras variedades do diassistema.

Isto quer dizer que o binormativismo não pode vir só como uma diminuição da pressão sobre as reintegracionistas (abofé necessária) mas deve por força vir acompanhado de consensos claros sobre QUAL MODELO queremos para a língua. Dizer, por exemplo, como se tem dito desde a socialização do binormativismo que a Galiza tem dous nomes (Galicia-Galiza) é um insulto para a nossa língua, a nossa história e a nossa tradição filológica.

É por isto que não posso votar afirmativamente, pois acho é um ponto central que deve ser cuidadosamente elaborado e trabalhado.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Tue 13 Nov 2018 2:03PM

Acho que as propostas exclusivistas (ou Galicia ou Galiza, ou reintegracionismo ou isolacionismo) têm um percurso limitado, e nom permitem trabalhar ao ritmo que exige a situaçom dramática em que o galego se encontra.

NP

Norberto Pais Tue 13 Nov 2018 3:08PM

Proposta exclusivista e a do ILG-EAG. Eles som o inimigo. Pretendem a eliminaçom dos que nom pensamos como eles. “Galicia” é sinónimo de malícia.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Tue 13 Nov 2018 3:19PM

Por isso penso que tem um percurso limitado, enquanto exclusivista, também.

TF

Tirso Fernández Tue 13 Nov 2018 4:51PM

Por enquanto o meu voto é NOM e nom porque esteja em contra do binormativismo per se mas porque o texto (que entendo é o que realmente se propom para votaçom) é ao meu ver manifestamente melhorável.

Em primeiro lugar, a definiçom que se dá de binormativismo parece-me pouco científica: binormativista bem puidera ser um modelo em que coexistam duas variedades igual de "locais" e sem correspondência noutros Estados vizinhos...Na minha opiniom, acho que se se pergunta se "existem modelos de binormativismo próximos que podamos ter em conta" o debate fica pejado se apenas se explicam "os casos que melhor se adaptam às nossas circunstâncias". Som o norueguês e o luxemburguês os únicos exemplos de binormativismo no mundo, na Europa? En conta para o debate devemos ter todos os modelos e nom sós os que melhor se adaptem às nossas circunstâncias.

Logo fala-se em que as persoas "mesmo que usassem umha norma ou outra, polo facto de conhecerem as duas, teriam a oportunidade de reforçar o seu léxico e estruturas num sentido ou noutro." Isto eu necessitaria que alguém mo explicasse ou que polo menos me desse algúm exemplo em os utentes do reintegracionismo podamos reforçar o nosso léxico e estruturas gramaticais atravês da norma autonomista.

Por outra banda, se no texto afirmamos que "é provável que as relações da Galiza com ]...] Portugal, venham a melhorar no futuro" deveriamos reforçar este argumento com algúm dato que o sostenha, no mínimo para nom ficarmos de adivinhos.

Acho que a proposta tem difícil aplicaçom prática nos termos em que de momento está redigida pois nós própios estamos reconhecendo cousas como que "nas administrações, em caso de dúvida, poderia priorizar-se a norma local, a atual oficial, mas a escolha também dependeria de cada umha delas." abrindo a porta a estas poderem escolher num 100% a isolacionista e, em consequência, deixar sem efeito o binormativismo. E logo que a introduçom de um português (sem que se esteja a especificar exatamente qual) no ensino e na administraçom também afecta à presença do castelhano, elemento com o que por exemplo os noruegueses nom têm que contar e que desde a Galiza deveria ser incluido na analise.

Por dúvidas coma estas é que nom podo dar por enquanto um voto afirmativo à proposta de texto do Conselho.

JLF

Joám Lopes Facal Tue 13 Nov 2018 5:45PM

Efectivamente. Binormativismo: arbitragem entre "duas variedades locais".
Introduzir um agente estrangeiro, renuente por razom de Estado, leva a confusom, ou a ilusom.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Fri 16 Nov 2018 11:08AM

Respondo a duas questões colocadas polo Tirso:

“Logo fala-se em que as persoas "mesmo que usassem umha norma ou outra, polo facto de conhecerem as duas, teriam a oportunidade de reforçar o seu léxico e estruturas num sentido ou noutro." Isto eu necessitaria que alguém mo explicasse ou que polo menos me desse algúm exemplo em os utentes do reintegracionismo podamos reforçar o nosso léxico e estruturas gramaticais atravês da norma autonomista.”

  • Sabemos que o reforço do português é fundamental para melhorarmos a qualidade da nossa língua. Nom só para nós, como utentes reintegracionistas, como também para utentes autonomistas, que na atualidade nom dispõem de um modelo culto que lhes permita verificar o uso real de palavras e estruturas galegas que nom usa o espanhol: pensemos em “largo”, no infinitivo flexionado ou mesmo em palavras galegas que ainda nom reconhece o dicionário da RAG (enjoo/enxoo). Mas também para nós, reintegracionistas, pode ser positivo que um modelo local autónomo dê estabilidade a certas palavras ou estruturas que o portugués nom pode defender. Pensemos na palabra “jantar” (como refeiçom do meio-dia) ou no uso de “che” como complemento indireto. Esta influência nos dous sentidos só pode ser positiva.

“Por outra banda, se no texto afirmamos que "é provável que as relações da Galiza com ]...] Portugal, venham a melhorar no futuro" deveriamos reforçar este argumento com algúm dato que o sostenha, no mínimo para nom ficarmos de adivinhos.”

  • Acho que a aprovaçom da Lei Paz Andrade já levou a dar passos nesse sentido, por tímidos que sejam. Aliás, precisamente por serem muito tímidos, ainda há muito caminho a desbravar e nom tenho a menor dúvida de que será percorrido por qualquer força política que houver em Sam Caetano.
EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Mon 19 Nov 2018 10:59AM

Lembro às pessoas que é possível fazer emendas ao texto se estiverem a favor do sentido geral do texto mas discrepam de algumha parte. Estas emendas serám discutidas na assembleia do dia 1 de dezembro. Basta esclarecer nos próprios comentários se se trata de emendas de ACRÉSCIMO (indicando depois de que palavra); de ELIMINAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser banido); ou de MODIFICAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser substituído por outro).

JMV

Jesús Manuel Valcárcel Tue 13 Nov 2018 5:14PM

Estou a favor, completamente. Penso que o posibilismo pode ser um caminho, mesmo o melhor caminho.
É preciso que a sociedade compreenda e assuma o interesse (a utilidade) da Proposta. Dentro das "fórmulas apropriadas" para fazer chegar a estratégia binormativista têm um lugar especial as professoras e professores de galego (oficial). A sua formação, subvencionada, para a aplicação da Proposta, seria um caminho para avançar, seguida da pertinente avaliação (de resultados). Se isso se consegue, teremos dado um grande passo adiante.
Não concebo que a próxima Assembléia não aprove uma Proposta que não tem contra- indicações. Totalmente a favor.

B

Breixo Tue 13 Nov 2018 5:51PM

Antes de mais, direi que nom me parece mui sério e nem sequer demasiado respeitoso coas pessoa associadas submeter a debate umha proposta que na prática já foi posta em andamento e divulgada socialmente pola AGAL. Como imagino que todas saberemos, neste último 17 de maio a AGAL escolheu para a sua já tradicional performance anual este assunto do "binormativismo", igual que no Dia da Pátria. Tendo em conta que esses som dous dos dias do ano (se nom os que mais) de maior presença pública da AGAL e de contato com gente, nom acabo de ver que sentido tem nesta altura debater ou aprovar agora algo que pola via dos factos já foi consumado.

Hai muitos mais exemplos dos que cito, mas nas redes sociais pode-se comprovar que já antes deste debate a AGAL está a defender activamente essa ideia:
https://twitter.com/emgalego/status/1023546714849005570
https://twitter.com/emgalego/status/1021021224330285061
https://twitter.com/emgalego/status/1043488360214540288

Nalguns casos de forma bastante desafortunada, na minha opiniom:
https://twitter.com/emgalego/status/996782454735298560

Tampouco me parece correto defender como "vantagem" da norma da RAG a suposta (cito): "identificaçom da mesma com as falas atuais ou com história literária dos últimos séculos", o qual no primeiro caso parece-me que é directamente falso (como tem argumentado o reintegracionismo desde sempre) e no segundo matizável. Igualmente, nom concordo em, como se tem feito tamém nos últimos meses, associar as supostas virtudes da norma oficial ao "local", à "identidade", etc. Para mim, um dos principais motivos polos que som reintegracionista é precisamente que nom me parece razoável nem positivo para a nossa identidade coletiva escrever a língua galega com ortografia espanhola, umha imposiçom derivada dumha situaçom de falta de normalidade nacional e lingüística que se tenta apresentar como algo natural ou mesmo "autóctone". Nós nom devemos legitimar nunca esse argumento de nengumha maneira.

Em qualquer caso, sendo eu favorável em geral e em abstracto à proposta "binormativista" como possível opçom intermédia a reivindicar, nom podo votar a favor da que se propom, que di literalmente que um dos modelos possíveis a aplicar (cito de novo): "permitiria aos galegos e galegas usarem, para a língua escrita, quer o português padrom quer o galego oficial atual". Isto é: se essas duas opçons som as que existiriam, deixaria fora a tradicional norma reintegracionista na que eu mesmo tento escrever agora (antes conhecida como "norma AGAL", agora já nom tenho mui claro como). Paradoxalmente, a própria norma em que a proposta está formulada nom entraria nesse "binormativismo", já que evidentemente nem é "galego oficial" nem "português padrom. Nom fica claro se seria esse o modelo a aplicar, mas a tendência da AGAL nos últimos anos parece sugerir que esse será o mais favorecido, possibilidade que se vê reforçada na vinculaçom que se fai entre "binormativismo" e o ensino de português padrom (padrom de Portugal, entendo). Precisamente isso é algo que de algumha forma se assinala ao final do documento como "ponto fraco", mas entendo que de se aprovar a proposta tal e como aparece aí, assumiria-se que essa "fraqueza" em particular (a possibilidade de desapariçom dum padrom galego próprio) é um mal assumível em favor da ideia geral, e para mim evidentemente nom o é. Em consequência com isso, nom podo apoiar esta proposta.

JLF

Joám Lopes Facal Tue 13 Nov 2018 6:00PM

Concordo com o argumento.
De facto, fica por explicar as razons da "morte súbita" da norma AGAL genuína.
O argumento de ela obstaculizar o bom entendimento com os gestores remunerados e indiscutíveis do galego consagrado, nem a quero considerar.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Mon 19 Nov 2018 10:59AM

Lembro às pessoas que é possível fazer emendas ao texto se estiverem a favor do sentido geral do texto mas discrepam de algumha parte. Estas emendas serám discutidas na assembleia do dia 1 de dezembro. Basta esclarecer nos próprios comentários se se trata de emendas de ACRÉSCIMO (indicando depois de que palavra); de ELIMINAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser banido); ou de MODIFICAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser substituído por outro).

NP

Norberto Pais Tue 13 Nov 2018 6:19PM

Aceitou o Mandela o apartheid?
O binormativismo é legitimar os que nos marginam e demonizam.

SS

Suso Sanmartin Tue 20 Nov 2018 10:43AM

"Courageous people do not fear forgiving, for the sake of peace." (Nelson Mandela) https://quotesing.com/wp-content/uploads/2017/01/Nelson-Mandela-Education-Love-Life-and-Peace-Quotes-6.jpg

LMC

Lucia Mourullo Cerdeira Tue 13 Nov 2018 8:53PM

Sim

JMV

Jesús Manuel Valcárcel Wed 14 Nov 2018 8:30AM

BINORMATIVISMO. CINCO PASSOS POSSÍVEIS
A Proposta precisa de um Plano, uma Folha de Rota. Passos possíveis quer dizer que são objetivos realizáveis.
1.- Decisão
Vamos supor que a Assembléia ordinária de 1 de dezembro de 2018 aprova a Proposta (eu assim o espero e desejo). A decisão implica um compromisso coletivo.
2.- Estabelecer contatos operativos com a Comunidade Educativa
Esta é a chave, os passos seguintes (quantos eles sejam: cinco, dez ou cem…) são todos de menos importância. Trata-se de aproveitar os conhecimentos e a atividade profissional das professoras e professores de galego (oficial). O modelo que se adote deveria contemplar a) subvenções (estatais, autonômicas, municipais, etc.), b) um programa formativo do professorado para transladar a Proposta às aulas, e c) uma avaliação dos resultados para retroalimentar o programa.
Obviamente, a Comunidade Educativa inclui crianças em idade escolar, professorado e mães e pais que também devem ser atendidos no que diz respeito ao interesse da Proposta.
3.- Campanha nos meios de comunicação
É preciso divulgar as vantagens e o interesse da Proposta através dos mass média e redes sociais com artigos de opinião, publicações (explicando as virtudes da Proposta), foros, criação de um logo-boneco, etc.
4.- Interessar a sociedade na Proposta
Através de reuniões, debates, manifestações, os denominados “guias de opinião”, etc. para criar o caldo de cultivo (Gramsci) favorável à sua implantação.
5.- Presença legislativa
Conseguir o reconhecimento legal da Iniciativa e a sua incorporação às leis, a sua “institucionalização” como um passo para novos avanços.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Mon 19 Nov 2018 11:01AM

Jesus Manuel, se quiseres transformar esta tua proposta numa emenda podes fazê-lo. Aproveito para lembrar às pessoas que é possível fazer emendas ao texto se estiverem a favor do sentido geral do texto mas discrepam de algumha parte. Estas emendas serám discutidas na assembleia do dia 1 de dezembro. Basta esclarecer nos próprios comentários se se trata de emendas de ACRÉSCIMO (indicando depois de que palavra); de ELIMINAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser banido); ou de MODIFICAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser substituído por outro).

JRP

José Ramom Pichel Wed 14 Nov 2018 9:52PM

Para mim uma questão é partindo da Lei Paz Andrade alargar os espaços legais do português na Galiza, o que para nós é um 2x1 na prática e para o resto dxs galegxs pode ser a legalidade duma língua estrangeira estratégica, e outro assunto é que a AGAL promova um binormativismo desde o galego que não vai ter caráter legal assim descrito. Aliás pode ter um efeito de boomerang, porque quem entope a via lusógrafa na Galiza para a sobrevivência da língua (prémios literários, visibilidade cultural, etc.) , vai exigir que nós sejamos xs primeirxs em ser binormativos como movimento cultural galego. Ou seja, resumindo, sim estou a favor de alargar os espaços legais do português desenvolvendo a Lei Paz Andrade e mesmo colocar o português e Portugal numa futura mudança de Estatuto mas sem chamar agora mesmo de binormativismo. No entanto, prefiro debater este assunto e escutar mais vozes e ideias na assembleia, e podo mudar de opinião. É portanto que me vou abster.

JLF

Joám Lopes Facal Thu 15 Nov 2018 10:52AM

Correcto razoamento, Pichel

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Thu 15 Nov 2018 2:14PM

Nom devemos ter medo a sermos os primeiros binormativistas (de facto já o somos, como também somos os primeiros bilinguistas), porque a nossa língua nom necessita que nós sejamos completamente reintegracionistas nas nossas associações: precisa que a sociedade seja um pouco mais reintegracionista.

JRP

José Ramom Pichel Thu 15 Nov 2018 4:39PM

Aqui falamos de legalidade e de poder viver na Galiza sendo lusógrafos. E que os galegos e as galegas independentemente do que falem ou escrevam tenham também esta vantagem legal diária. Estou a favor de alargar os espaços legais do Português na Galiza aproveitando a unanimidade que tem as nossas propostas e aproveitando o framework da Lei Paz Andrade, ainda por desenvolver em decretos. O resultado seria de facto e legalmente viver no binormativismo, que nem sequer nesta fase teríamos de nomear assim :)

SS

Suso Sanmartin Wed 21 Nov 2018 9:52AM

Desde que no já longínquo ano de 1996, sendo estudante Erasmus em Atenas (onde compartilhei apartamento com um norueguês e uma norueguesa), descobrim que o 17 de Maio era também o Dia Nacional da Noruega, sonho com a implementação na Galiza da "Via Norueguesa". Como reintegracionista (pessoa que acredita firmemente na unidade linguística galego-luso-brasileira), nunca me ocorreu pensar noutras possíveis vias. Como, por exemplo, a "via luxemburguesa", mencionada no texto proposto para o debate. Uma língua moderna internacional (o alemão / o português) e uma variedade da mesma cuja condição de língua ou dialeto não é consensual (o luxemburguês / o galego), consideradas como línguas diferentes a todos os efeitos e reconhecidas oficialmente (que é o que a nós mais nos interessa) num território (Luxemburgo / Galiza) em pé de igualdade. A "luxemburguesa" é a tua "via", José Ramom, se não me engano ;)

E

Ernesto Thu 15 Nov 2018 7:37AM

A verdade que pensava votar e não participar mais.
Não gosto deste tipo de debates, nem das cousas que se dizem neles.

Posso compreender, em função dos votos e dos comentários que há muito entusiasmo - chefiado por algum dos membros do Conselho - que entendo que não é pela ideia propriamente, senão um voto para fazer, para romper a dinâmica de décadas de loucura.

E até aí bem, por muito que eu não compreenda que vos entusiasma desta proposta concreta.

Eu posso entender o do binormativismo como piada de Suso Samartim para um ato ludo reivindicativo num dia de festa e manifa... posso compreender como uma ideia mais para soltar aí aos poucos, em artigos e debates... mas ... desenvolvida como ponto central estratégico da AGAL ??? acho um bocadinho estranho... e não vejo qualquer sentido ou oportunidade...

Aprove, ou não, a Assembleia eu não vou participar muito neste esquema... até o momento não tenho participado da proposta e não vou fazer para além do meu voto no loomio e com uma mínima justificação.

Sinceramente: o binormativismo não é o meu projeto... outra cousa seria abrir a AGAL e o PGL a qualquer norma. Isso seria para mim o objetivo a conseguir, avaliando se é possível antes ou depois, em função da força do movimento. É dizer para que um entrismo maciço de isolatas, políticos e institucionalistas não o escaralhe de vez...

Mas, enfim... que eu não compartilhe, não quer dizer nada... apenas um voto... e não vai mudar nada... eu aceito o que decida a Assembleia e a estratégia que defina o Conselho... vós saberedes melhor... não estou aí na pomada, não falo com a gente, isolei-me do espaço institucional e cultural...

Do resto e aproveito para dizer, já que vos tenho a mão: a mim o que me preocupa é o PGL. Gostaria que na Assembleia se tratasse a questão do revezamento do PGL a ver se há alguma gente nova que queira assumir o projeto... é um bom espaço para colaborar e uma boa escola, permite trabalhar no ativismo, em primeira fila, mas sem se quentar muito a cabeça com detalhes.

Saúde,

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Thu 15 Nov 2018 2:07PM

Algumhas pessoas (Isaac, Breixo) estám a votar contra por umha questom de procedimento, umha vez que a AGAL já fijo campanha (17 de maio, 25 de julho) ou defendeu abertamente o binormativismo em diferentes ocasiões ao longo do último ano. Som corretas as ressalvas que colocam. Porém, esta foi a melhor soluçom (a mais democrática) para resolver o problema colocado por alguns e algumhas sócias contrárias ao discurso binormativista na última assembleia.
Explico: desde que começamos a defender a necessidade da confluência normativa (que deu por resultado a Ortografia Galega Moderna que reúne todos os usos atuais dos e das reintegracionistas) vinculamos a decisom à, entre outras cousas, facilitaçom de umha futura política binormativista, já que nos permitia apresentar umha única norma (descrita e nom prescrita) à sociedade. Só que, imers@s no trabalho que deu essa primeira fase, nom tivemos tempo até este ano de começar a divulgar um discurso pró-binormativista. Era um assunto que aparecia constantemente nas reuniões do Conselho e mesmo nas assembleias, mas demoramos a encontrar o momento de começar.
Quando finalmente começamos, o que principiou sendo umha “sonda”, logo se tornou num programa mais argumentado, já que constatamos que a proposta interessava fora do mundo reintegracionista. Aconteceu, porém, que recebemos mensagens de alguns sócios que nom se identificavam com a proposta e, quando a explicamos na última assembleia, várias pessoas expusérom as suas reservas à mesma. Por isso, nessa mesma assembleia, o nosso secretário propujo dedicar a seguinte assembleia a discuti-la. Num Conselho posterior decidimos que a melhor forma de ordenar o debate seria apresentar um texto que expusesse o com a maior fidelidade possível o discurso que temos defendido publicamente. A ESSE TEXTO PODEM FAZER-SE EMENDAS, já que também houve pessoas que, sem serem contrárias ao binormativismo, discutiam alguns extremos do discurso. Ora, se no dia 1 a assembleia rejeitar completamente o envolvimento da AGAL na divulgaçom desta proposta e decidir voltar atrás, isso nom tem de ser problemático nem contraditório: simplesmente a AGAL terá reconsiderado umha proposta depois de ter sondado o sua recetividade.

IL

Isaac Lourido Fri 16 Nov 2018 11:41AM

Agradeço os esclarecimentos, Eduardo. Nom me desagrada plenamente a estratégia binormativista, embora as dificuldades para a sua aplicabilidade parecem as mesmas de sempre. Nom direi muito mais porque nom consigo acompanhar, na verdade, todos os pormenores, matizes e críticas que estám a ser colocadas. Entenda-se a minha abstençom como umha delegaçom e mostra de confiança na direçom da AGAL. Suponho que nom é o espaço oportuno para o comentar mas, ao fio das tuas explicaçons, penso que o esforço "democratizador" da associaçom (com estas e outras consultas anteriores), sendo bem intencionado, nom está a funcionar devidamente (por prazos, formas, focos de debate etc.). O caso da confluência normativa foi bem ilustrativo destas eivas que quero apontar, já que nom foi explicitado um aspeto fundamental do assunto (sentido e funçom da Comissom Linguística) e aquelxs que nom estávamos a par disso tivemos umha visom nesgada do processo. Mas essa água já nom move moinho.

M

MariadoMarLopes Thu 15 Nov 2018 8:31PM

Eu apoio a oficialização das duas normativas na Galiza em igualdade de condições, embora entenda que isso não se vá dar realmente, mas bom, defendo, enfim, que se oficializem as duas for em equilíbrio ou não. Seria um primeiro passo. E resultaria a única maneira de deixar de estar na marginalidade e realmente avançar como movimento. Prefiro uma sociedade ao estilo norueguês e luxemburguês que a que agora existe aqui. E penso que não encetar este debate e tentar boicotá-lo não diz nada a favor sobre a madureza do movimento, mas bem transmite total imaturidade, além de sensibilidades completamente irreconciliáveis. Realmente achades negativo a oficialidade de duas normativas para o galego? Eu não, e considero que se se achar como algo negativo, então não teremos, como movimento, nada mais a fazer que ficar na esquina do recreio a brincarmos a ser o perpétuo companheiro toca-tomates que não aspira a crescer e a melhorar, só ficar como o colega eternamente chateado.

Quanto a aspectos do texto da proposta, ressalto o seguinte parágrafo "Um modelo parecido permitiria aos galegos e galegas usarem, para a língua escrita, quer o português padrom quer o galego oficial atual, segundo qual fosse a sua conveniência. Para todos os efeitos, ambos teriam a consideraçom de línguas diferentes, mas oficiais, que é o que interessa", não concordo com que oficialmente sejam consideradas diferentes, embora compreenda por onde "van los tiros". Mas também não concordo com que o português esteja a ser estudado nos institutos da Galiza como "língua estrangeira". Parece-me em ambos os casos uma perversão ou prostituição absoluta, sendo que estas considerações vão contra o próprio espírito do movimento reintegracionista e supõe um autêntico tiro no pé. Mas bom, é o meu ponto de vista.

Por outro lado, eu preferiria que a ortografia galega internacional fosse ensinada nas aulas de galego ILG/RAG, pela mesma razão que mencionei com anterioridade. Mas, não procuro conflitos com o professorado do galego autonomista e portanto compreendo perfeitamente que seja potenciada, no seu caso, a cadeira de português através da Lei Valentin Paz Andrade.

E

Ernesto Fri 16 Nov 2018 7:17AM

Mas pessoal... eu não termino de compreender... não está nas nossas mãos oficializar nada. Não temos parlamentares, nem espingardas, nem mass média... decidamos o que decidamos o único que podemos decidir é que a AGAL aceita a Norma ILG como uma outra norma de uso. Declararmo-nos binormativos implica que ao dia a seguir a Assembleia, os espaços da AGAL ficam abertos a utentes de normas ILG ou não reintegratas... e mais nada...

E um gesto generoso da AGAL. Simplesmente... Mas de fazermos, seria um test para avaliar a força do movimento reintegrata. E pode ser um risco. Porque é um autêntico bluff de poker levando apenas um par de ases...

Eu acho mais factível, tratar de contribuir, aos passos e em todos os espaços que se puder, como diz o Pichel a que o Português seja língua de uso, admitida nas instituições, como vai sendo de mais em mais na cultura galega. Isso já seria um avanço...

Por outra banda, não sei se eu quereria contribuir a oficializar nenhuma cousa. Do que eu levo visto do mundo, e desde logo na Espanha, oficializar algo consiste em proibir o demais tudo... eu nunca aceitaria que passássemos de ter uma norma pretendidamente Oficial ( o que é uma aberração) a ter duas... e o resto?

A

abanhos Fri 16 Nov 2018 11:49AM

Uma pergunta esclafecedora:
Há algum reintegracionista na Galiza oposto a que a sua lingua na sua farda historica tivesse carater oficioso e fosse usada e impulsionada desde o poder politico e académico?
A resposta é cento por cento nã. Todos ficariam bem contentes com isso.
Seria isso o trunfo do binormativismo?
Pois não, seria outra cousa, seria o fim e transitoriedade da forma castelhana adaptada.
Isso só funcionaria estavelmente se aceitarmos que são línguas diferentes ...como na Noruega.
Porém aqui vivemos um processo de perda de língua, é uma opção forma parte do sucesso dessa perda...e como imos zbençoar que ese é bom caminho.

Ofucializar a forma histórica não se consegue parabenizando a outra (que não empece respeitar, e com isso respeitar a todos os seus utentes, partindo da siua boa fé)...isso conseguír-se-á por outras vias

GU

Gerardo U. Tue 20 Nov 2018 7:02PM

Defender o binormativismo para a Galiza, nos âmbitos públicos, não tem nada a ver com os usos internos de uma associação particular.

E

Ernesto Wed 21 Nov 2018 7:00AM

já... claro... mas isso seria uma hipocrisia...

JRP

José Ramom Pichel Wed 21 Nov 2018 5:48PM

Concordo contigo em tudo Gerardo. Podes converter o que escreves em melhoras no texto? Era bom que isso fosse escrito no texto, que é o que falaremos na Assembleia.

A

abanhos Fri 16 Nov 2018 8:50AM

Vai o texto da assembleia emendado por Alexndre Banhos
A proposta é um ideologema, que se alicerça em realidades falsificadas e que tem umas pretensões mágicas que estam além da realidade. É pura magia especulativa.
Vou tentar explicar isso. Primeiro envio.
Que é o binormatismo?
O binormatismo é a existência de duas normas usadas e aceites para escrever uma “única” língua. Pola sua própria natureza e uma solução inestável.
1) Binormatismo
a) Um estado com umha língua oficial porém com duas formas de escrita. As duas línguas podem-se definir nos padrões internacionais até pelo mesmo nome porém, as diferenças na escrita se correspondem a profundas diferenças vocabulares e estruturais, de facto estamos ante duas línguas diferentes. No modelo norueguês, o modelo urbano está baseado numa tradicção litarária culta (o danês, bokmal), e o outro modelo está baseado nos falares rurais e piscatórios dos falantes com menor influência da língua teito. Este é o modelo norueguès, que é na pratica uma peculiar diglosia, de facto todos os dominadores e utentes do nynorsk1 (novo norueguês), dominanam a língua bokmal, e os falantes do bokmal ao incorporarem termos do nynorsk fazem-no com a estrutura do bokmal. Pode-se dizer que é uma diglosia peculiar assimétrica, onde o modelo social da língua tem variações no padrão escrito, tem duas escritas distintas correspondentes a de facto duas línguas distintas; e como todos os bilinguismos, é inestável, consequentemente o nynorsk está em grave declínio, de aí que que se deva falar de m modelo de bilinguismo.

2) Em grande medida este modelo se produz també na Suiça quando se reproduz pelas razões que for, a língua que se fala, que se afirma que é o alemam, porém da que os alemães não entendem patavina. Ao fazer isso, seguesse o modelo de escrita do alemão porém com mudanças na pronuncia e adequações da ortografia do alemam ao suiço. Nom é por casualidade que Fergusson usou o Suiço como um dos modelos mais acaídos para explicar a diglosia.

b) O modelo de binormatismo mais frequente, é aquele que aparece quando um estado ou umha entidade recém independizada muda o padrom escrito da língua que estava estabelecido e que era o único que vigorava nas escolas e na administraçom. Na Moldávia após a independência da URSS, o estado acorda usar o alfabeto latino e as normas ortográficas vigorantes na Romania, logicamente agás uma minoria de reintegrantes sempre existentes (necessários) e ferrenhos, ainda que não reconhecidos, porém lá estavam e os efeitos notam-se. Porém após a mudança e certos de ser todo o povo analfabeto, seguiu-se aceitando documentos de todo tipo na escrita cirílica, sem nimguém ter o mais mínimo problema por isso. Este modelo é o que tem muitos exemplos por todo lado lado, por exemplo no turcomano, ou no tártaro, línguas da família turca no passe do alfabeto cirílico ao latino. No Carélio há reintegrantes mas a mudança e hipotese mentres forem “russos”. Mais perto temos o alemão da itália, quando no Tirol ganharam os seus direitos (depois de anos de bombas nos anos 50), ficava ainda um resto de modelo regional nacionalizador italiano. Como dizia esté é um caso bem frequente e abundante.

Por pôr um exemplo, se a Galiza se independizar, nom creio que haja nenhum imbecil no país que acredite que o modelo submetido e servente do castelhano iria vigorar, nom faria o mais mínimo sentido. Porém o povo galego foi analfabetizado na sua língua e a sua ortografia histórica nom é possível de ser usada desde já, por uma alargada populaçom, alfabetizada em castelhano e onde todo se passava pela alfândega do castelhano. Na Galiza Estado, -nem no processo da independência anterior/posterior-, se há pór chatas ao uso pola populaçom da forma galega nacionalizada espanhola, que deverá ser respeitada. Logicamente as autoridades do estado galego, aceitaram qualquer escrito nessa variante espanhola, isso seria aplicaçom do binormativismo de transiçom mais comum, O pessoal nom é culpável do processo espanhol de inculturizaçom, o mesmo que se passou por todo lado, e incluso do facto de usarem muitos o castelhano que é umha realidade na que foram naturalizados nom poucos dos moradores da Galiza, especialmente nos espaços mais urbanizados. Por ser o nosso país um povo submetido e nele se impor a língua do dominador.
Recomendo ao conselho da AGAL (e nom só) a leitura deste livro da nossa associação, sempre bem interessante. Poder e Ideologia é Língua. Yvo J.Peeters editor. Ainda devem existir exemplares da ediçom
c) E por último, o único sistema certo e oficial que há no mundo, de duas formas de escrita para uma língua. Um verdadeiro sistema binormativo, mas que não vem ao caso que nos vivemos. Refiro-me ao sistema de romanizaçom do chinês mandarím, chamado pinyin, e que de facto está a China convertendo em obrigatório o seu conhecimento. E qual o objetivo, que vai além da facilitação aos estrangeiros do aprendizado do chinês, pois basicamente de poderosa alavanca de imposição na china do mandarim e a sua pronuncia padrom, e acabar assim com o 40 por cento da população china que não fala o mandarim.
Sempre que há bilinguismos/binormativismos, ou os bi que for ao caso, há por trâs um objetivo, pois os Bi por natureça são inestáveis, pois terem ambas partes do bi igual força é um desideratum.

Nos sistemas binormativos, sempre de transiçom, agás o caso chinês o que há é tolerância oficial e permisão do uso normal do sistema ortográfico que não está amparado pelo poder coercitivo do estado. No caso norueguês estamos ante duas línguas diferentes, próximas porém diferentes. Se se comparar um texto em nynorsk com um em bokmal, e com o sueco e danês, percebe-se deseguida o afastamento significativo do nynorsk das outras “línguas”, e o entendemento entre elas é menor que o do norueguês bokmal com o sueco que se afirmam línguas diferentes.
(Notícia do 2002 no foro da AGAL: Microsoft, nunha decisión sorprendente, traduciu o Office ao nynorsk, unha pequena lingua norueguesa con 400.000 falantes. Lembremos que o galego, com 5 veces máis falantes, non tivo esta sorte, pero tampouco outras linguas 
minorizadas de maior tamaño, coma o catalán (15 catalanfalantes por un de nynorsk).
O nynorsk é a segunda lingua oficial de Noruega, e moi peculiar: é unha especie de noruegués enxebre, creado no século XVIII como reacción purista fronte aos dinamarquesismos que inzaban o noruegués da época. O nynorsk é a lingua escrita dos distintos dialectos noruegueses que se conservan nas zonas rurais do país. Na actualidade, falan o nynorsk 400.000 persoas, tem un certo grao de recoñecemento na administración e todos os pícaros noruegueses teñen que aprendelo na escola (a canda o noruegués estándar actual).
Ora ben, unha organización de defensa do nynorsk desenvolveu unha forte campaña para que Microsoft traducise o Office ao nynorsk. Se non o facía, a maioría das escolas do país boicotearía os productos da compañía de Gates).

Existem modelos de binormativismo próximos que podamos ter em conta?.
Acho que os casos que há não são de aplicação à Galiza.

Poderia o caso luxemburguês ser o mais próximo ao caso galego?. No caso do Luxemburgo, a língua culta à qual se subordinava a variedade luxemburguesa até 1986 era o alemám padrom. Mas a partir de 1986 o alemám padrom convive com umha forma local luxemburguesa que também é ensinada nas escolas e que tem os mesmos direitos que o alemám padrom. Porém passa-se o seguinte, o modelo de escrita e a ortografia é a mesma no alemão e no luxembruguês, com duas pequeníssimas excepções (nom se pegou o «francês” como modelo da escrita). Por exemplo o sõm x nas duas variedades se escreve sch. O que se defende em Luxembrurgos é que o seu dialeto é umha língua da família do alemam porém diferente do alemam e tem as mesmas caraterísticas que o dialeto alemam do outro lado da raia. É dizer estamos nom em questões ortográficas, senom de línguas. È um invento tam esquisito e particular de afirmaçom do se ser luxembruguês, que por nom ter, nom tem nem wikipedia, e só se usa em Luxemburgo em questões bem esquisitas.

Qual é a situação da Galiza

C

Ângelo Cristóvão Sun 18 Nov 2018 11:33PM

Desculpai que entre neste tema. Sem entrar na questão de fundo, caso de irmos a um modelo de duas normas linguísticas, seria preciso pensar numa fórmula operativa. Alguém pensou em que a Galiza poderia aderir ao Acordo Ortográfico? É um tratado internacional. Sugiro deixar de pensar nisto como um problema só dos galegos.
Algumas considerações: 1. Resolveria o problema da legalidade da escrita sem declarar o português explicitamente língua oficial na Galiza; 2. Galiza poderia sentar-se à mesa junto dos outros países de língua oficial portuguesa; 3. Não implicaria que as normas da RAG deixassem de ter validez legal; 4. O "assunto do galego" deixaria de ser um "assunto interno da Espanha".

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Mon 19 Nov 2018 11:01AM

Lembro às pessoas que é possível fazer emendas ao texto se estiverem a favor do sentido geral do texto mas discrepam de algumha parte. Estas emendas serám discutidas na assembleia do dia 1 de dezembro. Basta esclarecer nos próprios comentários se se trata de emendas de ACRÉSCIMO (indicando depois de que palavra); de ELIMINAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser banido); ou de MODIFICAÇOM (escrevendo entre aspas o texto que deve ser substituído por outro).

VF

Valentim Fagim Mon 19 Nov 2018 1:12PM

O reintegracionismo, apesar do bom trabalho feito por diferentes entidades, é um movimento socialmente marginal, está nas margens. Se o que se trata é de fazer parte do senso comum, uma ferramenta, bastante eficaz é o reconhecimento institucional. De facto, isso vai acontecer. Antes, depois? Depende do que fagamos.

De resto, alguns dos promotores do galego Ilg-Rag achavam que o reintegracionismo ia desaparecer, são quatro gatos diziam. Ora, não só não desaparece como cresce, é imaginativo e tem entusiasmo. Estamos para ficar. No entanto, o galego Ilg-Rag também o está. É preciso construir a partir dessa realidade.

R

[email protected] Mon 19 Nov 2018 7:03PM

Está fora de qualquer discusão, pela sua obvia evidência . Que as mil e uma falas crioulas chegadas até nossos días sobre a geografía do territorio físico/político da Galiza (hoje em queda livre de extinção). Froito de um conflito secular, da confrontação com “O PODER”político-cultural dos falantes na Lingua dominante Castelhana.
“Crioulo-Neolingua” surgidas, não pelo sincretismo clássico, entre lingua dominante/dominada. Mas às avessas, pela deturpação/eroção, continua/permanente da primigénia Lingua Galego-Portuguesa que devino em multiples Crioulos. Neo-falas surgidas por degradação de uma Lingua já Normalizada e Normatizada,que foi evoluindo no espaço/tempo, pelo seu uso/exercício, espontâneo/livre, oral /escrito, em outros contextos geográficos físico/políticos livres.
Na minha modesta opinião e ( tenho muito craro) .
1º Que o uso normalizado oral, das mil-e-uma falas crioulas espontâneas de cada lugar é inalienável,pois definem nossa idiosincracia e o nosso viso cosmológico da vida.

2º Que muito pouco favor ( mais bem são os maiores depredadores) fazem, pela persistência/regenerão da “Lingua Própria da Galiza”.São os que justamente por “ser estudados” a deturpam,nodoam. Grafando na escrita em crioulo.Enquanto de utilizar a lingua elaborada, regrada, comum, da Lusofonia.
3º pretender parar a queda livre das mil e uma falas (a escrita em crioulo ainda que forçada por decreto oficial para o ensino é puramente circunstancial, coercitiva) em um contexto social de aculturação quase absoluta a éstas alturas, com “Estrategias Binormativas”,acho semelha acompanhar ao suicidida também com a própria autolise.
Com meus cumprimentos. Ramom Nogueira

JMV

Jesús Manuel Valcárcel Mon 19 Nov 2018 7:48PM

Agradeço o convite, Eduardo, e gostaria de poder atendê-lo, mas neste momento estou súper ocupado. Desta vez também não vou assistir à Assembléia.
A nossa Editorial (Bubela. Grupo Cultural SL) está submergida num “grande projeto” (em galego-português, óbvio) do que pronto terás / tereis notícia (a partir de janeiro 2019).
Desejo que todo vá bem e que a Proposta de binormativismo do Conselho de AGAL, com a que estou em geral de acordo, saia adiante.
O meu propósito foi salientar a importância de um horizonte de “institucionalização” para a Proposta, mas a ideia está presente, também, nos comentários de Valentim Fagim. O meu contributo é prescindível.
Deixo abertas as portas para colaborações futuras.

E

Ernesto Tue 20 Nov 2018 7:41AM

É curioso este debate. O que menos se debate é a proposta concreta (que é um pouco absurda) mas afirma-se a vontade e o gesto (que é magnánimo) e a virada.

Para mim, esta virada na estratégia é positiva. Enterrar de uma vez as hostilidades. Afinal, e não foi sem tempo, fica claro que o menos importante é a norma e que o reintegracionismo nunca deveu alimentar o conflito que outros criaram em forma de exclusão...

Vai resultar interessante comprovar como o reintegracionismo é generoso... e como vai manifestar a sua generosidade. Talvez aí, na generosidade, resida a sua maior força... ;)

Do resto eu continuo a votar não, porque ser generoso não implica compartilhar esta proposta (que continuo a não entender, nem a compreender como se poderia formalizar e que acho teria sentido se viesse do isolacionismo).

Saúde,

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Tue 20 Nov 2018 11:03AM

A proposta é propositadamente inconcreta, porque entendemos que antes de ficar definida para, por exemplo, poder ser apresentada aos partidos políticos (ou através de umha nova ILP, por exemplo) deve ouvir e considerar a opiniom do maior número de agentes culturais galegos possível.

E

Ernesto Tue 20 Nov 2018 11:11AM

A mim não me interessa esse discurso e menos assim exposto. Uma ILP? eu passo de mais ILPs. E de encetar este debate com os agentes (de quem caralho me falas que não pintam nada na sociedade galega ou só na sua casa e na hora de comer ) da Cultura galega... Acharia uma, mais uma, enorme perda de tempo...

No que a mim respeita acho muito mais pragmático o defendido por Pichel e Cristovão.

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Tue 20 Nov 2018 12:25PM

As fórmulas defendidas polo Pichel (aproveitamento integral da Lei Paz Andrade) e o Cristóvão (adesom da Galiza ao Acordo Ortográfico) nom som em absoluto contraditórias com a proposta binormativista. Aliás, som algumhas das possíveis (e até diria inevitáveis) concreções desta proposta. Esta aqui abre mais caminhos e explica como podem ser percorridos por todo o galeguismo no seu conjunto, pondo o acento no consenso e na construçom colaborativa da mesma. Em definitivo, prentende ganhar a simpatia de sectores mais amplos da cultura galega (falo de "cultura galega" em geral, desde as pessoas que já nos ouvem com certa atençom até os que ainda nos sentem alheios, mas som partidários de que o galego seja umha língua que conte algo na nossa vida social... passando polas instituições que por enquanto mais se opõem à via reintegracionista). Simplesmente por ter lançado o conceito "binormativismo", ele já foi considerado em diferentes mundos que até agora nom tinham em conta este debate. É por isso que eu confio na cultura galega, porque só isso já demonstra que deseja sobreviver. Em quem mais poderíamos confiar se se trata de evitar o naufrágio da língua que a sustém?

E

Ernesto Tue 20 Nov 2018 12:53PM

Home... até o momento e até onde eu sei essas duas propostas eram algo alheio à AGAL... por isso nasceram, foram impulsadas e foram crescendo fora dela... Se a AGAL entrar agora neste esquema duplo de defesa do Português na Galiza e propõe reconhecer e impulsar o Acordo... seria uma novidade... interessante... mas acho que escapa ao debate...

A língua já naufragou... agora esses agentes pintam o mesmo ou menos do que nós... agora é que eles são 4 gatos... Socialmente fracassaram e com eles todos os projetos políticos e institucionalizes que tanto se empenharam em controlar...

Eu francamente desconfio de quem partilha hoje a sua fome comigo quando até ontem guardou o seu pão consigo...

A

abanhos Tue 20 Nov 2018 1:03PM

Reclamar o binormativismo, como jeito de fazer que de facto a Ortografia histórica e internacional vigore na Galiza por todo lado, é cousa ótima. Porém a proposta tal e como está redigida partindo de factos falsos e abençoando um modelo que é consustancial ao processo de substituição linguística, e que além disso desnorteia aos reintegrantes... É trapalhada, ainda que for para vender aos outros a bondade da proposta do nosso reconhecimento com isso do binormativismo.
Isso pode-se alcançar mas não por milagre nos interlocutores e sim por ir fazendo dar passos a Galiza de inserimento no espaço internacional ao que por gênio e história pertencemos, por chegarmos a convénios como o do flamengo/neerlandês.

LF

Luís FF Tue 20 Nov 2018 12:52PM

A seguir aos "pontos fracos" ou para clarificar mais o documento reestruturaria em base a esta ideias, qualquer uma delas pois são versões do mesmo conceito, unicamente muda a estratégia e os parceiros...

Proposta A de acréscimo? ou reestruturação do conteúdo? geral
https://docs.google.com/document/d/1Qn8fdFcvfBSq_jNVdCJmm2lgKebFnj7X8yIxc8J_QX4/edit?usp=sharing

Proposta B em base à intervenção do ângelo de acréscimo? ou reestruturação do conteúdo? geral

https://docs.google.com/document/d/1lFPvXQZzb-bVRxNkp3o6YuQ80LOON8ZMwQN9ubK-Qu0/edit?usp=sharing

LF

Luís FF Tue 20 Nov 2018 1:02PM

Para refletir acerca desta proposta eu gostava de lembrar as minhas vivências quando algumas pessoas recolhiamos sinaturas na decada de 90 para que as EOI oferecessem Português. Muita da nossa malta afim era contra porque era "reconhecer"que eram "duas línguas" mas ninguém reparava no básico: um espaço sem ILGA RAG e sem política ou condicionantes curriculares pelo meio onde se pudesse ensinar/aprender livremente a nossa língua, numa versão livre de "conflito". Aquilo foi um muito boa ideia. Isto da binorma ou da co-oficialidade também será. Basta saber se é agora o momento de começarmos ou teremos de esperar mais 10 anos...... Como nos poderemos apresentar ao mundo como "país" com direito a entrar na CPLP sem oficializar o uso legal do PT? Não é apenas questão de norma, mas de nomenclatura.....

EMQ

Eliseu Mera Quintas Tue 20 Nov 2018 1:03PM

A AGAL nasceu na sequência da oficialização de um determinado modelo ortográfico. A estratégia binormativista procura que a proposta ortográfica da AGAL tenha o mesmo reconhecimento oficial do que a norma ILG-RAG, isto é, o objetivo final polo qual a nossa associação foi criada formulado de maneira realista e tendo em conta a realidade da sociedade galega e a do próprio reintegracionismo.
a) Sociedade galega. Só vejo duas hipóteses de oficializar a ortografia internacional (falo de "oficializar" porque não tenho vontade de viver na semi-clandestinidade, seria absurdo para uma língua): por substituição da norma RAG ou por convivência. A hipótese de a norma RAG cair em desuso e a sociedade petar na nossa porta para adoptar o nosso modelo não me parece realista. Pode-o ser num contexto de número de falantes inferior a um 5% na Galiza, e que forem mui conscienciosas, mas não gostaria de chegar a essa situação extrema. A realidade é que para mais de 90% o reintegracionismo nem existe, nem vai existir e, se não procuramos caminhos de uso oficial não imos lograr os nossos objetivos. Já agora, isto é o que demanda a imensa maioria da gente que se incorporou à AGAL nos últimos anos.
b) Reintegracionismo. A Assembleia da AGAL aprovou com contundência o modelo de confluência normativa, que se concretizou na Ortografia Galega Moderna, e que mostra com naturalidade como as diversas práticas ortográficas reintegracionistas podem convivem num único documento. Uma vez lograda tão fabulosa ferramenta, a consequência lógica é trabalharmos pola sua difusão e mesmo oficialização. Aspirarmos apenas à oficialização do português seria, agora mesmo. ignorar o aprovado em assembleia.
Cada uma e cada um de nós tem na sua cabeça um modelo ou uma estratégia de que está convencida que é a solução definitiva para a normalização do galego na Galiza, mas sem generosidade nem consciência coletiva é difícil conseguir alguma cousa.

E

Ernesto Wed 21 Nov 2018 7:49AM

Bom... podemos continuar com o pensamento mágico a respeito da norma fabulosa, elástica e infinita acordada pela Assembleia e estendê-lo mais com a proposta do binormativismo como maravilha anunciada...

Isto ou aquilo não vai mudar nada. São palavras e o que importam são os feitos. Tudo vale e isto suponho também valerá. Se a Assembleia acorda o que acorde e dá legitimidade... o Conselho saberá e... avante...

A AGAL hoje já não é a AGAL de ontem, isso é verdade. E não é menos verdade que esta mudança bem sucedida protagonizada pelos quatro últimos conselhos está a fazer dela um espaço central no Associativismo e no ativismo linguístico.

Chegará um dia em que não haja que dar tantas voltas e reviravoltas. Simplesmente tirar pelo caminho direito, sem tantas justificações, maquinações, nem explicações...

Saúde,

LF

Luís FF Tue 20 Nov 2018 1:10PM

Portanto seguindo esse pensamento deveriamos aprovar como proposta do que queremos do nosso governo algo do tipo :"o galego ou português" é a língua oficial da galiza
Ninguem poderá ser discriminado por utilizar a lingua da galiza em qualquer das suas variedades

LF

Luís FF Tue 20 Nov 2018 1:14PM

pois o debate será em dilucidarmos que será mais fácil de atingir :
-conseguirmos o reconhecimento de "o galego ou português" ser a nossa língua
portanto "binorma"
-ou conseguirmos o reconhecimento de que já de estarmos com algumas instituições na CPLP e termos o DOGA em portugues e a ILP paz andrade em andamento e um "problema" de discriminação de um subgrupo de galego-falantes pois "
-> portanto cooficializar "mais uma língua" ao lado do galego e do espanhol.

a nível de direitos e de potencialidades ambas são muito interessantes

JRP

José Ramom Pichel Wed 21 Nov 2018 8:40AM

Coloco algumas propostas de melhora ao texto que me parecem interessantes para debater na Assembleia:

No Apartado: Que ganha a língua da Galiza com o binormativismo?

ELIMINAÇÃO: "Seria umha forma original de resolver um conflito que a muitas pessoas tem parecido negativo, tornando-o propício para a normalizaçom do idioma."

MODIFICAÇÃO:
"O galego ganharia perspetivas de futuro se integrasse as vantagens da opçom autonomista (relacionadas com a identificaçom da mesma com as falas atuais ou com história literária dos últimos séculos), com as vantagens da opçom reintegracionista (relacionadas com a projeçom comunicativa e a estabilidade formal que proporciona)."
por este:
"O galego ganharia perspetivas de futuro se integrasse as vantagens da opção autonomista (relacionadas com grande parte da história literária dos últimos séculos), com as vantagens da opção reintegracionista (relacionadas com a nossa história literária desde o nascimento da língua e com a projeção comunicativa e a estabilidade formal internacional)."

No Apartado: Como se aplicaria na prática?

MODIFICAÇÃO
"Outra alternativa seria introduzir o ensino da ortografia portuguesa nas aulas de galego, como complementar à oficial."
por este:
"Outra alternativa seria introduzir o ensino da aprendizagem da leitura à galega da ortografia portuguesa nas aulas de galego, como complementar ao galego autonómico. Isto também facilitaria a leitura não só dos textos medievais galegos mas textos originais de autores/as galegos/as desde o século XIX até a atualidade.

MODIFICAÇÃO
"Nas Administrações, em caso de dúvida, poderia priorizar-se a norma local, a atual oficial, mas a escolha também dependeria de cada umha delas."
por este:
"Nas Administrações fomentara-se que ao lado do galego autonómico, o português ou galego internacional tenha um status de língua ambiental promovendo portanto a comunicação externa institucional também nesta. Além disso será facilitado progressivamente a interação normal dos cidadãos em português ou galego internacional com a Administração pública alinhado com o conhecimento dos empregados públicos do português previsto polo Artigo 3 da Lei Paz-Andrade"

No Apartado: Quais os pontos fracos da proposta?

MODIFICAÇÃO
"Por outro lado, generalizar o ensino do português como segunda língua estrangeira (com um padrão lusitano uniforme, mesmo fonético), para além de ser mais caro para a Administraçom pública, poderia colidir com o uso ativo das modalidades em construçom do português galego (refletidas na Ortografia Galega Moderna), que deveriam ser todas reconhecidas polos poderes públicos, à margem de qual seja a variedade ensinada das escolas."
por este:
"Por outro lado, generalizar o ensino do português como segunda língua estrangeira (com um padrão de Portugal uniforme, mesmo fonético), para além de não ser prioritário no orçamento da Administração pública incumprindo o artigo 2 da Lei Paz Andrade; e permitindo que outras Comunidades Autónomas como Extremadura liderem no futuro a relação com Portugal, não colide com o uso ativo das modalidades em construção do português galego (refletidas na Ortografia Galega Moderna), que deveriam ser homologadas no futuro polas instituições do português a nível internacional, assunto que fica fora neste momento."

SS

Suso Sanmartin Wed 21 Nov 2018 10:33AM

MODIFICAÇÃO, -OM: Onde di(z) (entre parênteses): "(relacionadas com a identificaçom da mesma com as falas atuais ou com história literária dos últimos séculos)", que diga: "(relacionadas com a identificaçom da mesma com O ATUAL ESTÁDIO DAS NOSSAS falas ou com história literária DO ÚLTIMO SÉCULO E MEIO"

E

Ernesto Wed 21 Nov 2018 11:01AM

Bom... eu estava à contra porque não entendia a proposta, nem a sua oportunidade... mas depois de ler os comentários e as explicações e pensar um bocadinho já estou plenamente convencido à contra da proposta.

Por outra banda, a mim não me vai afetar em nada que a Assembleia aprove ou deixe de aprovar com isto. Nem vai mudar a minha prática, nem o meu trabalho, nem a minha interpretação do que são as cousas, nem a percepção que eu tenho da AGAL nem a história do movimento reintegracionista, nem de quem é quem no isolacionismo. Nem vou entrar em conflitos, nem vou ir dialogar mais ou menos com nenhum agente, nem reconhecer nenhum discurso...

Se a gente quer... avante... Mas o mesmo que com a história da confluência... como naquele caso quero simplesmente deixar constância de que voto à contra.

Saúde,

SS

Suso Sanmartin Wed 21 Nov 2018 11:32AM

ACRÉSCIMO depois de "quer um galego" (EM MAIÚSCULAS): "Com um modelo parecido, no contexto galego, as pessoas poderiam estudar quer um português galeguizado (bokmål) quer um galego DE ELABORAÇOM AUTÓNOMA assente nas falas populares (nynorsk)"

SS

Suso Sanmartin Wed 21 Nov 2018 11:33AM

E este comentário é só pra manifestar o meu orgulho -e satisfação, que caramba!- por fazer parte de 1 associaçom tão diversa e plural e que, no cenário sócio-cultural galego, na melhor tradiçom galeguista, age como autêntica vanguarda :)

C

Ângelo Cristóvão Wed 21 Nov 2018 12:05PM

Alguns apontamentos que poderiam ser de utilidade para enquadrar o tema.
- Em outubro de 2013, no processo de negociação da Lei Paz-Andrade, produziu-se uma reunião no Consello da Cultura Galega para tratar esse assunto. Rosário Álvarez (com Henrique Monteagudo ao lado) não aceitou introduzir o ensino do português no horário de letivo de língua galega, nem uma hora à semana. Curiosamente Ramón Villares manifestou-se a favor dessa opção. Poucas semanas mais tarde, na negociação dos promotores da ILP com o Governo, o Partido Popular ainda estava aberto a outras fórmulas, porém a posição da RAG e dos grupos políticos da oposição parlamentar fecharom o tema. Portanto, o português não vai entrar nas aulas de galego. Será matéria diferente, dentro das competências em línguas estrangeiras, com as vantagens e inconvenientes que acarreta.
- As entidades oficialmente competentes em língua galega, como a RAG, ao definirem e usarem o galego como língua diferente e independente, declaram-se incompetentes em língua portuguesa. Por consequência, nada têm a dizer sobre isso. Também em termos de Lusofonia se situam da parte de fora. Sirva como reflexão para projetos como a hipotética Casa da Lusofonia, e outros que possam vir a ser discutidos. Não se pode estar fora e dentro, "asegún".
- As normas da RAG, e o que representam, são o que se chama “factos consumados”, sobradamente legitimados polos poderes estabelecidos. Não parece ser a nossa responsabilidade, nem agora nem no futuro.

ACL

Antia Cortiças Leira Thu 22 Nov 2018 11:54AM

Eis a única questão, ou avançamos para a lusofonia ou ficamos fora, não há mais do que isto. O resto são enredos. Eu quero poder ser "normal" e "oficial" a escrever como escrevo, na Galiza. E o que o resto da lusofonia me considere parte pela língua pelo menos.

SS

Suso Sanmartin Wed 21 Nov 2018 12:35PM

ACRÉSCIMO depois de "aprovada" (EM MAIÚSCULAS): "Lei Paz Andrade, aprovada POR UNANIMIDADE no Parlamento galego em 2014"

EXS

Eduardo Xesús Sánchez Maragoto Wed 21 Nov 2018 9:53PM

Lembrai que o prazo para fazer emendas finaliza no dia 23, como dizia a notícia que anunciava este debate. Devo acrescentar, porém, que é às 14h desse dia 23 que finaliza. Portanto, aproveitai o dia de amanhã para as fazerdes se ainda quiserdes fazer algum ACRÉSCIMO, MODIFICAÇOM ou ELIMINAÇOM, como têm feito outros camaradas nos últimos dias.