Loomio
Thu 15 Jan 2015 12:29PM

Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

MP Miguel Penas Public Seen by 99

Como certeza já sabeis para o próximo 8 de fevereiro a plataforma 'Queremos galego' tem convocada umha manifestaçom em Compostela. Por todos é conhecido que a AGAL nom faz parte desta plataforma embora tenha participado e apoiado várias das suas mobilizações como as recentes contra o decreto do galego ou no dia das letras, ambas em 2013, posto que em 2014 nom houvo manifestações deste tipo.

Sempre que a AGAL participa neste tipo de mobilizações tenta fazê-lo de um jeito positivo. Sempre com a vontade de indicar que nom só é necessário superar o status quo atual da língua na Galiza, mas também a estratégia desenhada nas últimas décadas. Achamos que em 2015, com a figura de Filgueira Valverde como homenageado no dia das letras, abre-se umha muito boa oportunidade para evidenciar isto. Ideia que, alias, temos aprovada como linha estratégica para este ano.

Diante da convocatória desta nova mobilizaçom do Conselho da AGAL temos várias questões que gostaríamos de pôr em comum com a nossa base social para poder poder construir umha reflexom coletiva e tomar a melhor das decisões. Para levar para a frente isto, e inauguramos assim umha nova etapa no que diz ao respeito dos debates internos, temos aberto um espaço da AGAL em Loomio, um software e aplicativo web para poder este tipo de precessos.

JA

João Aveledo Sat 17 Jan 2015 8:56PM

Cansado de ver manifestações cada vez com menos força, que se repetem inutilmente anos após ano e com objetivos nem sempre claros. Para quando mostrarmos a nossa força (ou a nossa debilidade) publicamente… e que adira quem quiser.

XT

Xemma Tedín Sat 17 Jan 2015 11:22PM

Perfeito isto do loomio... mas antes tinha claro e agora ainda vou ter que dar-lhe outra volta... interessantes argumentos!

JA

João Aveledo Sun 18 Jan 2015 12:56AM

Concordo plenamente com o dito polo Ernesto... e passar, sem mais, nem protestar nem, discordar, nem impugnar, só passar... ;)

RC

Ricardo Cabanelas Sun 18 Jan 2015 12:44PM

Parabéns por habilitar uma ferramenta para o debate.
Poder participar para os que temos difícil acudir a reuniões é de agradecer.
Pessoalmente, a convocatória tem um ligeiro cheiro a pre-campanha de municipais. Além de protestar pela política sobre a língua do governo que padecemos, é uma boa maneira de dizer a toda a chavalada do planeta U e arredores, que há que pôr o corpo em marcha cara a batalha eleitoral municipal e de passo, tomar um vinho em Compostela, que sempre está bem.
Também há que lembrar que nas passadas municipais, suspenderam a mani e convocaram à gente a fazer cousinhas em cada zona. Parece que no politbureau vão aprendendo algo, assim que este ano adiantaram-se e se andam ocupadinhos com a campanha não ficam sem mani do galego.
A decisão de ir ou não ir depende mais dos objectivos diplomáticos da AGAL mais que objectivos referentes ao galego. Sem morar em Compostela e não estar ao tanto das intrigas cortesanas não posso ter uma percepção completa do assunto.
Desde fora e sem ter todos os dados, a minha opinião é de ir à manifestação mas não consumir muita energia no assunto.

IP

Inácio Prada Sun 18 Jan 2015 7:15PM

Primeiramente, acho preciso agradecer a oportunidade que o Conselho para nos exprimir a vontade. Na verdade não tenho nem muita coisa nova a falar. É bem certo que como associação de defesa da língua é o nosso dever assistir a este tipo de actos. Mas sempre a marcar a nossa posição, de ter que ir: a fazermos barulho, lembrar que nós não nos queijamos de dois, três, cinco ou dez pontos duma determinada lei sobre o galego; mas uma emenda à totalidade do Plano Geral de Normalização Linguística. De irmos, irmos bem.

Ora sim, dado o trato -se calhar involuntário, sei lá- depreciativo recebido do Establishment da defesa da língua. É compreensível certa rejeita pela nossa parte. E, como vem se disse, provar não ir pode ser bom.

RR

Raul Rios Sun 18 Jan 2015 8:17PM

Antes de mais, parabéns ao Conselho por demonstrar com a criação deste fio de debate que horizontalidade e efetividade não são práticas contraditórias.
Basicamente, concordo com todo o que aqui se disse em ambos sentidos e partilho a leitura que faz o Conselho. Dito isto, vou-me abster, porque não tenho uma postura clara.
Em qualquer caso, independentemente da decisão final, julgo que seria oportuno emitir um comunicado explicando este debate e o porquê das reticências, sempre no tom positivo e pedagógico que lhe é próprio à Agal. Um comunicado que explique porque achamos insuficiente (no melhor dos casos) o facto de convocar umha manife e qual é que é a nossa diagnose e receita para a situação da língua. Há muita gente (boa parte da minha geração) que vê um referente na Agal e que não compreenderia nem a sua ausência sem explicações nem a sua presença acrítica.
Um abraço e a começar com forças a semana!

XC

XAVIER CASTELLANOS Sun 18 Jan 2015 8:34PM

Sim, sem dúvida concordo com a assistência. Todas as alternativas são merecedoras de respeito, Mas acho que os argumentos, muitos aqui comentados sobre a oportunidade de contar com a nossa presença, superam a passividade. Devemos participar-

SS

séchu Sende Sun 18 Jan 2015 10:35PM

Agradeço o espaço para a reflexom e a acçom, já que com as nossas palavras tamém estamos a atuar. Obrigado, compas. Em relaçom com o momento atual e desde umha posiçóm persoal, nom me sinto identificado com a plataforma Queremos galego, mas, como noutros episódios e aventuras do passado, sim com o que poida haver de "movimento", que penso que é pouco tirando a nada, além do dia da manifestaçom. Si que há um movimento social -muito vissível na rede e muito ativo nos trabalhos, nas vidas diárias, dum feixe grande de persoas comprometidas com a língua.

Persoalmente, pois, Queremos galego, essa plataforma que só se manifesta de vez em quando através dumha gestora que, como acçom mais horizontal do ano, lança um "concurso de lemas" para a faixa da mani da que estamos a falar.

Penso que continua a existir umha dinámica e interese de control do movimento a favor da língua por parte dumha minoria organizada com interesses partidistas. E isso é terrível para qualquer movimento social.

Mas, se bem noutros tempos estivem muito mais ativo e puidem viver diretamente essa dinámica de control de movimentos sociais por parte da mesma gente ou, melhor dito, dos mesmo interesses -basicamente- da-me a impresom de que nada mudou.

Como sócio de AGAL, um entre tantas, e faltando 32 minutos para acabar o praço de consulta, -sinto-o- só podo achegar a minha experiéncia e dizer que nom gosto deste tipo de atuaçons pontoais, quase anedóticas e cerimoniais, dirigidas de forma bastante partidista e pouco horizontais.

Considero que umha verdadeira dinámica por umha mudança social deve ser contínua, diária, sem depender dos ciclos eleitorais de forma submisa, com vontade de ser "movimento" real, plural, em todos os sentidos, e original, criativa, entre outras muitas cousas.

Gostaria de poder aportar mais, mas hoje a família estivemos a preparar uns desenhos para que Estrela -a minha filha- lhes explique às crianças da Semente como é o Courel e estou canso.

Isso si, a decisom de nom ir à mani suporia um antes e um despois e seria interessante saber como aproveitamos as energias dumha decisom assi. Haveria que explicar mui bem por que nom se vai, e, evidentemente, ao sermos crític@s, propor outro modelos de acçom e reflexom.

Penso que AGAL é um exemplo de coletivo mui vinculado ao movimento social -o Movimento social reintegracionista-, um movimento dentro do movimento, ou ao lado, do movimento social a favor da língua.

Mas vejo que explicar isto é complicado. E nom sei até que ponto este conflito pode ser interessante ou nom, como estratégia dentro do movimento da língua.

Eu, persoalmente, irei à Mani, isso si. Porque apesar de que nom gosto de como jogam com as persoas para criar realidade, nem gosto de ir às misas, si que é um bom momento para estar com colegas e compartir esse dia.

DVR

Daniel Vasques Ribeira Mon 19 Jan 2015 8:46AM

Entendo e partilho grande parte dos argumentos a favor e em contra da AGAL fazer parte da manifestação, mas decido ficar em desacordo polo seguinte:
- As questões de forma já mencionadas.
- A plataforma de Queremos Galego, se alguma vez tivo utilidade, é claro que já não tem nenhuma além de se achegarem as eleições. Qual é o objetivo REAL da manifestação? Pode-se atingir algum dos objetivos por esta via? Que nos diz a experiência? É importante saber quando paga a pena mobilizar as pessoas para demonstrações que supõem ademais um deslocamento.
- Derivado de todas as anteriores: posto que Queremos Galego é uma plataforma de utilidade esgotada e com a que não partilhamos o modelo de língua nem, em verdade, grande parte dos manifestos. De que serve ir como entidade senão para dar fôlegos à gente que utiliza estas plataformas de jeito partidário?

Expressadas as minhas reticências e, tendo presente que as pessoas sempre podem ir. Inclino-me mais por ficar em desacordo. Assim como assim, se a AGAL decidir ir, tem na mesma todo o meu apoio pois a causa é nobre e os argumentos a favor dignificam as pessoas enunciadoras.

Abraços para toda a gente e obrigado por abrir este canal de comunicação.

DVR

Daniel Vasques Ribeira Mon 19 Jan 2015 9:00AM

Quero apenas acrescentar, que o de ter de explicar-lhe à gente a ausência resulta-me um bocado alarmante. Por que tem a AGAL de dar mais contas que ninguém do que NÃO faz? Em qualquer caso, opino que ir não vai servir para convencer ninguém, para isso estão as pessoas e as atividades da AGAL que não são poucas e trabalham todo o ano. Porém, a gente que gosta de desacreditar a AGAL vai desacreditar na mesma, sempre fazem, vá a AGAL ou não vá na manifestação.

Defender a língua não é, por definição, fazer parte duma manifestação. Há muitos jeitos de defender a língua e se calhar se alguém perguntar por que a AGAL não vai, o que cumpre é explicar todos os argumentos dados. Mesmo haveria que explicar, se preciso, se a decisão for ir na manifestação.

Sinceramente, parece que nós mesmos atuamos como se fôssemos uns marcados criminosos que têm de se explicar a cada passo mesmo sem fazer mal a ninguém. É um chisco alarmante.

Antes de finalizar, repito. O que SIM faz e apoia a AGAL está na mesa, está na rede, está nas bibliotecas, está nos locais sociais, está nas ruas... Pode ser insuficiente, mas existe e são as verdadeiras credenciais da AGAL. O resto, como as 'manifestações do galego', leva-o - se calhar por desgraça - o vento.

Só quero finalizar com que, na minha opinião, devemos é fazer o que verdadeiramente queremos fazer, e não o que os demais querem que façamos.

Sinto se ofendim alguém coas minhas palavras ou se me deixei levar polo momento... Abraços.

UO

Uxio Outeiro Mon 19 Jan 2015 10:59AM

Mudei a minha opinião: acho que importa transladar um visão crítica com a dinâmica de mobilizações anuais, já tão rituais que até parecem procissões. O lema da cabeceira deste ano ainda reforça esta imagem. Acho que a AGAL deveria justificar com o um comunicado no PGL que se mostre respeitoso com a dinâmica mobilizadora, que mostre as dúvidas da associação que se podem consultar aqui mesmo, mas que deixe claro que o futuro começa agora, fazendo para além de pedir, com intenção integradora e não partidária, mostrando a língua em toda a sua potencialidade, dimensão e fraqueza. É o momento de que se abra o debate. Estamos num momento de ruptura no contexto do estado, e a sociedade galega está madura. Até é um momento em que o monolitismo partidário do nacionalismo galego está em crise. Nunca vai haver um momento mais propício que este.

MP

Miguel Penas Mon 19 Jan 2015 11:28AM

Que bom é ler tam rico debate, alias, é claro que as dúvidas do Conselho estavam justificadas ao cotejar o enorme equilíbrio de ambas posições.

Só lembrar três cousas:

  • tal e como fixo Ugio, o sentido do voto pode modificar-se até o domingo que fecha a votaçom.

  • quando umha pessoas pede para entrar, primeiro comprovamos que é sócia e depois damos accesso. A leitura é aberta a totalmente aberta, também para quem nom é da AGAL

abraços e que continue o debate

BV

Bruno Vilela Mon 19 Jan 2015 11:44AM

Si nom supom muito desgaste desde o ponto de vista logístico, penso que há que ir tranquilamente.
Bem sei que a base de manifestaçons pouco ou nada se troca, que há um setor do nacionalismo galego que se autoproclama alto falante do povo e semelha nom aprender a fazer convocatorias conjuntas e sempre chegam com o pack feito e "o lo tomas o lo dejas", e tantas outra eivas que se lhe podem por a convocatoria. Mas por outra banda creio que é importante lançar umha mensagem de unidade neste tema, temos que ter altura de miras e ser em certo modo magnánimes com o comportamento de QG, advertir-lhes pola canle que corresponda que nom se concorda com certas formas e que para vindoiras manifestaçons queremos participar desde o inicio.
Dizia que há lançar umha mensagem de unidade, em positivo para aquelas pessoas que estam cansas e nom entendem, estando como estamos com Feijoo, tanta divissom e desacordo.
Participar nom nos subordina a NINGUÉM, e a AGAL mostra madurez e responsabilidade com o momento histórico que nos toca. Ao mesmo tempo, creio que a organizaçom gana em referencialidade.
Em resumo, si participar nom detrae muitas forças de outra iniciativas creio que temos que estar lá.

JLF

Joám Lopes Facal Mon 19 Jan 2015 12:17PM

Cara família agálica, parabens colectivos por esta nova ferramenta que fará da casa um lugar mais convivencial e unido. Obrigado, promotores
a) Quanto à mani 8/02 a minha opiniom é a favor pola simples razom de que nom deve ser desperdiçada negumha ocasiom para socializar a nossa mensagem
b) Quanto à "estética" da presença, além de cordial e inclusiva, deve fugir das imagens do "povo em marcha" para reivindicar a anglo-saxónica de que um só cidadao com a sua mensagem é já uma manifestaçom
Conclusom:assistência singularizada e inclusiva como oferta permanente de acolhimento

SS

Suso Sanmartin Mon 19 Jan 2015 1:22PM

Eu proponho umha "transacional". Nom irmos à manif (que já cansa) mas irmos diretamente à Quintã (cousa que, por outra parte, eu tenho feito umha cheia de vezes e com certeza vós tendes feito algumha vez também). Fazermos um Chenoa, vamos: "Cuando tu vas... yo vengo de allí..." ;)

IL

Isaac Lourido Mon 19 Jan 2015 2:36PM

Umhas primeiras palavras para agradecer à direçom da AGAL a criaçom deste espaço de debate e partilha de reflexons.

Acabo de marcar a opçom "De acordo" como primeira posiçom que, à vista de outros argumentos, nom descarto mudar nos próximos dias. Marquei "de acordo" porque, na linha do argumentado antes por outras pessoas, devemos ler esta manifestaçom num contexto mais amplo de "movimento", um movimento pola defesa do galego cujas dimensons excedem a plataforma Queremos Galego e um movimento social do qual o reintegracionismo é um peça importante.

Nem todas as pessoas que assistam à manife o vam fazer por simples obediência militante ou rotina mobilizadora. Acho que costuma haver neste tipo de manifestaçons umha grande quantidade de energia social e transformadora que os próprios convocantes nom controlam. Acho que esse pode ser o lugar e a funçom da AGAL na manife, o de um apoio crítico, umha "leal dissidência", à convocatória, com espaços e mensagens próprias para a divulgaçom de novas ideias e novos debates sobre a língua galega com espírito inovador.

T

Tiago Mon 19 Jan 2015 4:34PM

Também sou partidário de que AGAL faga chegar a Queremos Galego muitas das reticências e críticas aqui formuladas.

AB

Alonso Beltrán Mon 19 Jan 2015 6:20PM

Pois na verdade tá complicado o tema, mas vou escolher "Não". Acho que o reintegracionismo optou pola via correta, essa que diz o Uxio Outeiro de que "mais fazer e menos chorar". O melhor que podemos fazer, nem só por nós senão por todo o mundo, é ser consequentes com essa ideia e sempre desde o respeito, manifestar que "muito obrigadas pelo convite" mas nós achamos que as nossas energias devem ir para outro sítio.

AV

Alonso Vidal Mon 19 Jan 2015 9:24PM

...que somos pessoas normais de toda classe e condição. E cada vez mais. Isto pode animar a alguém a "dar o passo". Por que não? Já tem acontecido. :) :) Um abraço e parabéns pola consulta.

MM

Manuel Miragaia Mon 19 Jan 2015 10:37PM

Creio que a AGAL não deve participar nessa manifestação pelos motivos a seguir:
1) Trata-se no fundo duma convocatória partidista. Tendo em conta que a típica e tópica manifestação do 17 de maio não se pode desenvolver este ano pela sua coincidência com a campanha eleitoral das eleições autárquicas, adianta-se ao mês de fevereiro. É uma das costumadas mobilizações pré-eleitorais que convocam organizações satélites mandadas por outra política na que têm um grande poder desde há trinta anos vários filólogos de prática isolacionista e continuos defensores do velho e definitivamente morto Plano de Normalização Linguística, com o objetivo fundamental de criar ambiente propagandístico favorável à sua organização política.
2) Dito partido político e as ditas plataformas delas não consultaram com a AGAL e com outras associação dedicadas à promoção da língua para estabelecer após de um diálogo e debate entre todas uma manifestação conjunta ou outro tipo de actividade. Sempre é o mesmo procedimento verticalista de toma de decissões sem contar com a opinião dos demais no que o único que toca é como muito apoiar o decidido e a quem decidem. Estamos no século XXI e outro tipo de procedimentos mais participativos devem ser usados. A AGAL não deve permitir ser usada cada ano em benefício político de qualquer partido. Deve ser respeitada e valer-se para fazer-se respeitar.
3) Nem Queremos Galego, nem a Mesa, nem o BNG avançaram nada nos últimos tempos na questão reintegracionista. Nem parecem dispostas a nada. A AGAL não pode apoiar a volta das velhas políticas de normalização isolacionistas da etapa de Fraga. Os filólogos do BNG continuam com as suas teimas fracassadas, sem quererem ver que também já não têm os apoios políticos cidadãos do passado. AGAL não lhes deve nada. Todo o contrário. São um valado para o progresso social do reintegracionismo. AGAL deveria falar-lhes claro e pressioná-los e que dizer-lhes em pessoa que o apoio às suas convocatórias só seria a cámbio de oficializar o reintegracionismo nas suas organizações. Que já vâ sendo hora!
4) Se a AGAL quer participar numa manifestação a favor da língua galega -acho que há atividades mais interessantes que ir a uma procissão- teria de convocar a sua própria esse mesmo dia ou outro dia, chamando a todos os grupos reintegracionistas que houver. Se falamos de organizar manifestações -ou procissões- seria bom que a própria AGAL fizera as suas próprias. Também já toca!!!

VF

Valentim Fagim Tue 20 Jan 2015 9:47AM

Antes de mais mostrar a minha alegria pola participação do pessoal agálico. Esta associação é das entidades que me dá mais alegrias.

A minha posição à partida era, e é, contrária a participar. Por quê? porque descansa numa ilusão, no sentido português da palavra. A ilusão é que TODA a situação do galego se deve aos malvados senhores do PP. Isto é mentira. O galeguismo, aquelas pessoas e entidades que desejam a expansão social da língua galega, também é responsável. Levamos (levam) 30 anos jogando com uma visão da língua para perder, perder falantes, perder prestígio, perder oportunidades, perder saber. Disto são responsáveis quer os criadores quer os consentidores. Ora, os consentidores nunca colocam isto sobre a mesa.

É atrativo simplificar, reconhece-o. A minha filha de 2 anos fai-no amiúdo ;-)

Explicar o facto de não ir é um desafio, com certeza, mas algum dia há que quebrar a ilusão.

JLF

Joám Lopes Facal Tue 20 Jan 2015 12:50PM

Reafirmo a conveniência de ganhar presença em todo foro público plural. A tentaçom de insistir no perfil próprio condena à irreleváncia, o custo de ser confundido com um sacristám é moderado embora aspiremos a participar com voz própria. É a próxima reivindicaçom.

D

Diego Tue 20 Jan 2015 1:54PM

Acho que a AGAL deve estar presente na manifestaçom. Além da distintas consideraçons que podam existir entre nós sobre a convocatória, as estratégias seguida polo movimento social de defesa da língua e a das instituiçons vinculadas com a língua, o que deve marcar a postura dumha associaçom para fazer avançar as suas posiçons é a consideraçom que da sua decisom vaia existir em aquela base social a que se dirige e no conjunto da sociedade em geral.
A nom presença da AGAL nom seria (bem) entendida nem pola gente mais próxima nem pola sociedade, que verá nesta mobilizaçom umha defesa da língua frente ao seu esmorecemento e ataque desde a Xunta.
Por muito que consideremos que a estratégia do "fazer" que tam bem está a implementar a AGAL é melhor do que a de "protestar", e seja mais efectiva, desconsiderar as mobilizaçons como ferramenta de cámbio social acho um erro grave.
Igualmente, se estamos num momento em que a estratégia institucional e isolacionista para a língua está em clara falência, e considerando que um dos intuitos na última etapa da AGAL é tecer cumplicidades com aqueles que querem estender o uso e visibilidade da língua, em estratégias de win-win, isolar-se do conjunto do movimento social realmente existente que defende a língua e da muita gente que o tem de referência é umha táctica errónea ao meu ver, por muito que existam diferenças importantes.
Finalmente, parabenizar o Conselho da AGAL pola existência desta ferramenta para o debate interno. Só umha consideraçom: sendo este debate dos/as pertencentes à Associaçom, acho que seria melhor que este debate se desse portas adentro e fosse público umha vez a decisom fosse definitiva.
Saudaçons

MP

Miguel Penas Tue 20 Jan 2015 2:05PM

Boas Diego, obrigado polo contributo.

Só comentar a última parte da tua mensagem. Foi um debate que tivemos no Conselho sobre se a discussom deveria ser aberta ou fechada. Desta vez decidimos que fosse aberta porque observamos que era o jeito mais comum de usar o Loomio. Sem termos tempo para refletir muito mais sobre o tema.

Na minha opiniom, já aqui individual, o facto de ser aberto ajuda a que todo o pessoal esteja em igualdade de condições para aceder a esta informaçom. Como bem sabes, estes debates desbordam o nosso ámbito associativo e com este sistema qualquer pessoa pode consultar de primeira mão o que aqui se diz e sem intermediários.

Mas talvez, na próxima seja em fechado :)

Estamos a testar também

Abraçom

TM

Teresa Moure Tue 20 Jan 2015 2:26PM

Obrigadíssima, antes de mais, por esta oportunidade de partilharmos critérios para decidir: isso é democracia radical (ou radi-aGAL). E devo dizer que revistar as opiniões d@s compas foi enriquecedor para mim porque me fiz duvidar da minha segurança inicial. Após ter refletido sobre o assunto, eu sou contrária a participar.

De entrada, acho positivo que uma mani em favor da língua tenha alto seguimento e a AGAL está cheia de ativistas que deixam o melhor da sua energia em defender a língua. Compreendo, pois, os argumentos de quem propõe estar -especialmente o de estar de maneira distinta e alegre, e o de fazer “leal dissidência”- e hei aceitar com atitude positiva a decisão que coletivamente adotemos. Porém, nas atuais circunstâncias, entendo que o adequado é não assistirmos porque:

a) Implica somar-se a uma convocatória já desenhada; quer dizer, esta-se a solicitar de nós músculo (somar corpos); não ideias. Se estamos perante uma mobilização política, importa lembrar que os procedimentos são a política. Um assunto é que as entidades, associações e coletivos se sentem a dialogar sobre a convocatória e a desenhem, e outro, bem diferente, é chamar alguém para ser convidado de pedra. Com efeito, muita gente não entende as divisões desta Galiza sempre tão fraturada e concordo com que devemos ter toda a altura que o momento histórico exige, mas do que falamos é apenas de concorrer a uma mani... que não organizamos.

b) O lema é levemente reacionário. No século XXI nenhuma causa devera sustentar-se na família, mas nos direitos das pessoas, com ou sem descendência, ou nos direitos dos povos nos seus territórios, ou na resistência contra a domínio e a homogeneização cultural ou semelhantes. Também não somos exatamente essa tribo que se esgota, não é?

c) Como indicam muitos posts anteriores, o argumentário salienta um conflito com o atual governo que deixa fora muitos dos problemas sócio-linguísticos que sofremos.

d) A convocatória participa do tom vitimista habitual, de maneira que a perspetiva ludo-reintegrata, que também sugerem muitas intervenções neste debate, apenas pode ser marginal: mais uma rareza do pessoal do NH... Ir de Carnaval quando os demais vão à igreja é divertido -e adoro mesmo- mas nem sempre sei se é operativo ou mesmo se a mensagem final vai ser entendida.

e) É difícil dar por aceite uma condição de convidad@s e não de co-organizador@s tendo em conta que Queremos galego não visibiliza ainda atitudes positivas para o reintegracionismo (nem nas organizações políticas próximas, nem nos seus jornais se percebe o apoio, por não falarmos nas polémicas recentes sobre prémios literários que nos excluem), de maneira que assistir seria dar por boa uma política linguística bem diferente do que representa o reintegracionismo.

Talvez os argumentos favoráveis (esse ser resistência e aproveitar as contradições para furar) dependam de ritmos individuais. Nesta altura, começo a sentir-me farta de tanto “furar dentro de” para ser construtiva e leal e, depois, notar que ao final não se move nada. Aliás, se a AGAL não vai como entidade, alguns dos seus membros com certeza hão assistir a título individual e podem ensaiar essas vias de diálogo: eu não pretendo dinamitar pontes, mas bem ao contrário.
Seja qual for a decisão que adotemos, opino que deveríamos fazê-la pública na imprensa. Se não formos, não será porque sejamos do bando do espanhol; se formos, não será porque nos assimilemos a outra perspetiva.

SS

séchu Sende Tue 20 Jan 2015 8:17PM

Olá, compas. Aqui estou outra vez, despois de dar-me de conta de que o praço para debater finaliza aínda dentro duns dias... e nom duns minutos como pensava o domingo passado. ;).

Queria completar umha ideia um bocadinho. E é que o feito de abrir este debate é mui interessante porque de súbito estamos a escrever e reflexionar sobre cousas que muitas vezes falamos, discutimos, debatemos, contrastamos a gente da irmandade da língua, reintegratas ou nom, nos bares e outros lugares mais ou menos informais.

Assi que agradeço muito esta acçom que nos pom diante um reto: decidir, tomar umha decisom.

O caso é que quero transmitir umha ideia que o outro dia talvez nom expliquei suficientemente. Vejo que a decisom que defendo ao nom estar de acordo com a participaçom é umha decisom mui construtiva porque questiona umha norma vigente, umha norma tradicional com a que muita gente nom está conforme e que basicamente consiste em que a Plataforma Queremos Galego nom é participativa na sua dinámica interna, diária, e de toma de decisons mas si chama à participaçom social -incondicional- numha acçom pontoal, a mani.

Penso que o movimento social a favor da língua existe e tem muito músculo -muitas persoas nos seus trabalhos, nas escolas, nas ruas, nas redes sociais, em associaçons, nos seus espaços de criaçom... estamos a defender a língua. Nom sabemos quanta gente somos. Mas si sabemos que nom estamos junt@s. Prolingua, Coordenadora de Equipas, umha parte de Agal... e nom sei quantos mais coletivos reunem forças que, curiosamente, parecem nom sintonizar PLENAMENTE -ou nom se iem que grao- com Queremos Galego. Esse é o problema.

E devemos perguntar-nos por que sucede isso. E se podemos soluciona-lo.

Ou seja, por que umha Plataforma que chama a umha mani e que se supom que representa um movimento social nom consegue ter umha grande parte do movimento social a mover os seus motores.

Eu estou mui a favor dessa expresom de comunidade a tomar as ruas que som as manis. Mas um movimento social nom se pode expresar só através de manis. Deve estar ativo, construír no dia a dia, com umhas bases que valorem as relaçons interpersoais e as diferentes formas de fazer.

Muitas de nós vivemos momentos de movimento social -a menor ou maior escala, que funcionarom ou funciomam baseando-se nessa criatividade do compartir projeto generosamente. Eu sentim isso no movimento Nunca Mais, que nom "Plataforma", ou no projeto Semente, por falar de dous modelos diferentes.

Nos movementos de participaçom social reais CADA PERSOA É IMPORTÁNTÍSSIMA, cada umha de nós é vital, tanto no trabalho local a pequena escala, porque nos projetos pequenos se experimentam e criam modelos de mudança social, como na suma das energias, no conjunto.

O que venho a dizer com todo este rolho é que quando defendo a proposta de que AGAl nom participe nesta mani tamém estou a propor umha alternativa criativa e, segundo a minha experiéncia, mais participativa e polo tanto melhor.

Há muita gente neste país -desde persoas mais técnicas e formadas nas dinámicas de participaçom, até ativistas com experiénca ou gente nova com ganas de aportar a energia- que poderiam sumar os seus graocinhos de areia a esse processo. Ademais, num processo mais participativo ninguém sobra.

Mas isto só pode ser possível se há participaçom, evidentemente. E este debate é um exemplo de que algo está a mudar. De que um coletivo, mais ou menos significativo, depende de quem o valore, está a propor umha outra forma de pensar e fazer as cousas.

Agradeço muito todo isto que está a suceder neste loomio que nem conhecia. Estou a aprender muito com este processo e sinto nom poder aportar mais tempo, por questions familiares. E, independentemente do resultado deste referendum, o feito de poder compartirmos as nossas propostas está a resultar mui construtivo.

Um abraço a todas e todos. E dá ghusto poder formar parte -aínda que nom poda participar mais nela- dumha organizaçom que facilita estas cousas.

SS

séchu Sende Tue 20 Jan 2015 8:31PM

Por outro lado, e já acabo, quero dar umha argumentaçom mais a favor da nom participaçom de AGAL como coletivo nesta mani: nom é necessário.

AGAL vai estar mais presente que nunca, penso, vaia ou nom com faixa própria. Porque este processo que estamos a compartir aqui penso que se está socializando e, -compartam-se ou nom as ideias e propostas de quem defendemos a insubmisom- é evidente que um dos temas dos que mais se falará estes dias e na mani será, ademais da preocupaçom pola nossa língua, prioritário, das formas, estratégias, energias que o movimento social que somos ou queremos construír precisa para sermos mais fortes, estar mais unid@s, sermos mais criativ@s e mudar a história.

Nom é preciso levar umha faixa. Mas si é preciso estarmos unid@s e sentir-nos parte dum movimento mais aberto e participativo.

A

abanhos Tue 20 Jan 2015 9:30PM

A Agal tem que participar com a sua própria simbologia, e fazer visível a sua mensagem e programa

alexandre banhos

MM

Manuel Miragaia Wed 21 Jan 2015 12:43AM

Como parece ser que muitos e muitas companheiras da AGAL ainda são partidários das procissões, muito próprias do nacionalismo galego -às que a propósito a hostelaria de Compostela teria de estar eternamente agradecida- pelo bom objetivo de fazer visível a alternativa reintegracionista a respeito da língua e da cultura galegas, são partidário, no caso de estarmos de acordo maioritariamente com manifestarmo-nos esse dia, das seguintes possibilidades:
1) Ir à manifestação com lemas e faixas próprios, exigindo aos convocantes que um representante da AGAL -o presidente poderia ser- suba ao palco e fale. Tenho que dizer que sempre me molestou e doeu ir a esse tipo de manifestações e ouvir falar só ao presidente da Mesa com um discurso isolacionista e satelizado, e defendendo velhas política normalizadoras, e que muitos e muitas reintegracionistas apesar de fazer o esforço de assistir ficássemos marginalizados e sem voz.
2) No caso de que a anterior opção for impossível pela negativa da Mesa, AGAL, convocando a todas as associações - centros sociais, "Bloco Laranja", etc- e pessoas reintegracionistas, poderia virar no percurso final da manifestação e acabar com uma concentração própria noutro lugar próximo.
Tanto uma opção como a outra serviriam para fazer ainda mais presente a AGAL e o reintegracionismo, que a assistência a um ato como simples e obedientes ovelhas guiadas pelos pastores isolacionistas e "normalizadores" de sempre. Acredito que o reintegracionismo já está em condições de ir confiando nas suas próprias forças.

MM

Manuel Miragaia Wed 21 Jan 2015 1:22AM

E continuo a pensar que o melhor é que a AGAL não participe numa manifestação para a que não se contou nem com a sua opinião nem foi convidada a ser co-organizadora.

E

Ernesto Wed 21 Jan 2015 7:38AM

Olá caros... estou a ler o debate... quereria dizer apenas uma cousa.

Reafirmo-me, não apenas em não ir nisto, quanto na ideia de gastar tempo em nós, nos nossos projetos e que venha a eles quem quiser ou quem gostar, fazer nós os nossos atos, apoiar e criar nós a nossa imprensa e publicações...

Agora, acho que não deveríamos procurar escusas formais - tempo da convocatória, tipo de convocatória, modo em que se convocou, práticas velhas, apropriação... - porque a manifa, a festa é por igual nossa que dos demais... e ainda que diz o dito que a festa nem baptizado, não vais sem ser chamado... isso é também a nossa casa, a nossa vida e luta, são os nossos amigos e parentes e não se pede permissão para entrar na festa na nossa casa.

Também não vejo que ideologicamente, socialmente e mesmo partidariamente (as organizações têm direito a elaborar estratégias e a ocupar os espaços que achem ou lhes deixem), não vejo que o pessoal que lá circule tenha muita contradição e diferenças com nós (apenas talvez a atitude autoritária e a teima lusófobica de alguns).

Acho que este é um bom momento para mais debater e pensar desde nós próprios que a respeito da manifa. Abandonar o vitimismo e o resistencialismo (como diz o Vitor), o debate cansativo e as estratégias defensivas como dizem o Penas, o Sechu, a Teresa... e ir como diz o Valentim, o Facal e muitos de vós, para a frente... tal e como estamos a fazer.

O mundo está a mudar e é por isso tempo de parar, quanto mais pressa mais vagar que dizem sábias as avoas, de construir aos poucos da base com os materiais e a gente que há, ou que se aponte, sem aguardar mais ninguém.

Mas isto é uma questão pessoal... eu sou mais de perder tempo em falar e colaborar com quem me escuta e não com quem eu quereria falar.. por vezes não dá... e simplesmente já virão e já escutarão quando lhes toque ou pete...

Saúde

Ernesto

IL

Isaac Lourido Wed 21 Jan 2015 10:47AM

mais um contributo para o debate: Penso que, embora os votos "de acordo" estejam a ser mais que os votos "em desacordo", os argumentos desta segunda corrente estám a ser mais fortes, melhor explicados e razoados.

Dado que fum dxs que votei "de acordo" tentarei achegar mais argumentos para defender esta posiçom, dado que quase o único argumento proposto está a ser aquele de "temos que estar", "é um espaço importante de visibilizaçom", "temos que socializar o nosso discurso", etc. Dado que a maioria dos que votamos "de acordo" o figemos incluíndo a prevençom de que temos que ir com a nossa própria faixa, mensagem e/ou discurso, talvez devamos explicar melhor em que consiste esse "distinguir-nos" da convocatória (dentro da convocatória). Xs que estamos a favor de ir: qual faixa, qual mensagem, qual discurso, quais práticas de mobilizaçom propomos?

Neste sentido, interessou-me especialmente a intervençom de Teresa, na qual eu percebo que ela percebe já umha espécie de ritualizaçom de certas práticas do (ludo-)reintegracionismo: a de já estarmos codificadxs (e portanto integradxs e talvez anuladxs na nossa eficácia) como xs "rarxs" e marginais, e xs que vam "de Carnaval" enquanto a maioria vai de procissom.

Portanto, de irmos proponho que a nossa distinçom a respeito da convocatória seja com mensagens e discursos próprios, mas tamém com práticas alternativas. Suso falou de ir diretamente à Quintana e encenar o "tú vas, yo vengo", Manuel falou de ter um espaço final diferente (nom na Quintana)... Podemos pensar aliás em somar-nos à manif num ponto diferente da Alameda, na colocaçom estratégica em diferentes pontos do percurso... enfim, todo aquilo que achemos interessante para nom cair no "ritual", inútil em termos de efetividade.

RG

Ricard Gil Wed 21 Jan 2015 2:48PM

Comprendo os argumentos alegro-me da horizontalidade e democrácia e plurilidade , apenas quereria com faixa ou sem ela partilhar mais um dia ( que normalmente costuma ser chuvoso) convosco e para os que aliás de democratas e de esquerdas sejam nacionalistas lembrai-lhes:
Galegos que me escoitades,
galegos que a verme vides
hoxe de eiquí non saídes
sin face-las amistades.
Das nosas debilidades
o diaño non se ha de rir.
Vámonos todos a unir,
matando rencores cegos;
¡que na unión dos bos galegos
está da patria o porvir!
Manuel Curros

MRT

M Rios Torre Wed 21 Jan 2015 5:25PM

Não por ritual: a nossa própria vida, quer social quer individual ou familiar, está cheia de ritos.

Não debate prévio, convocatória unilateral, interesses eleitorais e partidistas: quem convoca tem razões e forças próprias para fazer lavra na sua agra, mas essa agra também é nossa. Não é recomendável desistir no terreno da ação persuasiva. Também não na exibição 8F.

Ilusão? Ali temos de estar para nos pronunciar, mais uma vez, como a desilusão do isolacionismo.

Pelas filhas dos nossos filhos? Mil primaveras mais? Pelos séculos dos séculos? São palavras de ordem, rapando no fundo e mesmo em superfície sempre há algum sentido criticável...

Mudar a visão, a feição, a estratégia...?: é mais uma oportunidade para fixar as nossas propostas, maçar o polvo quantas vezes se precisar.

Apenas duas operações: somar e multiplicar.
Mais uma manifestação: mais uma oportunidade para fazer visível o óbvio, o galego viver em centenas de milhões de bocas.
Nada a perder.
Onde se defender o galego ali estar AGAL.
Eu concordo.
Miguel Rios

VF

Valentim Fagim Wed 21 Jan 2015 6:01PM

O churrasco que diz a Carmen é um argumento poderoso. O meu voto "contra" está a abalar ;-)

JFP

Joám Francisco Paz Lopes Wed 21 Jan 2015 6:42PM

Concordo com a maioria das argumentaçons para nom ir à manifestaçom.

É é por isso que vou votar a favor de que a AGAL vaia o 8F com faixa própria: MAIS GALEGO PARA SAIR DO CÍRCULO ESPANHOL (ou algo menos agressivo, xD)

Isto que semelha paradoxal tem um motivo.

Nom é ainda o momento de iniciar um caminho (paralelo ou nom) distinto à gente (muita ou pouca, sincera ou hipócrita, leal ou traiçoeira...) de "Queremos Galego", a Mesa, etc, etc, etc...

Continuamos a precisar visibilidade e ao mesmo tempo devemos explicar (mais umha vez!) que a estratégia reintegracionista segue a ser válida e que as suas análises foram, som e continuarám a ser fulcrais para evitar o desaparecimento da nossa língua.

Se isto é umha batalha, o nosso dever é defender a nossa língua e nom ficar na trincheira e ser chamados de covardes.

E aqui falamos da atitude da AGAL como organizaçom, nom de comportamentos individuais.

A AGAL deve ter presença enquanto defensora da língua. E deve fazer constar a sua tática e a sua estratégia.

Depois, o que faga individualmente cada quem, é algo diferente do que se está a debater aqui.

MS

Miguel Serrano Wed 21 Jan 2015 9:14PM

Para mim o ideal seria que AGAL adoptasse no processo atual mais do que um papel de confronto um outro papel mais transversal (sem perder a firmeza na defesa da língua, claro), um papel onde AGAL convidasse a sério a um novo pacto polo futuro do galego a TODOS os agentes políticos e culturais do país, tentando sentar a todas as partes. Sobre as reivindicações da manife, é claro que a AGAL não pode ter como referência um PNL onde a lusofonia é algo acessório. Esse pacto de futuro (a proposta do mesmo) deveria fazer-se com novas bases e linhas estratégicas hierarquizadas, e também fórmulas de concretização tangível (por exemplo, canal de desenhos animados em galego e português, de manhã e tarde, linhas de ensino separadas em galego, etc...). Por suposto, este papel convocante dum novo pacto social não partiria da ingenuidade, nem para com o governo actual nem para com quem pode que esteja a usar o galego de forma partidária (mesmo quando é com a melhor das intenções). Mas talvez seja mais eficaz para o futuro da língua do que passear uma faixa por Compostela em determinadas ocasiões. Dito isto, também não vejo muito problema em participarmos na manife, mas melhor se for desde essa perspectiva crítica que se está a enunciar aqui por muitas pessoas, e também com uma atitude propositiva de cara ao futuro. Abstenho-me.
Já agora, que estejamos a usar uma ferramenta como esta contribui ao orgulho de ser da AGAL. ;-)

SA

susana arins Wed 21 Jan 2015 9:58PM

ains, que já não sei que quero! quanto mais leio, mais duvido.
concordo totalmente com o que comentades de que não se importa o fim, mas também os meios, e que se o processo de convocatória não foi democrático não devemos transigir. Mas também penso que não ir é transigir, porque é deixar-lhe a quem consideramos que segue a estratégia errada, o espaço para confirmar(-se) nessa estratégia.

porém, visto que por agora a maioria opta(mos) pola participação, vou dar avante e começar a grande chuva de ideias pro-manife:

quando jogavades às agachadas qual era a frase que usavades para salvar a todo o mundo? eu lembro a de "Por mim e polas minhas companheiras". Proponho assistirmos com uma lema dessa caste, que revire o oficial e faga ver a diversidade linguística como uma riqueza. Podemos acompanhar a faixa com cartazes que portem denominações de variedades outras do galego [moçambicano, fisterrão, angolano, arraiano...] e de linguas não hegemônicas, sobretodo que partilhem espaço geográfico com o português [mirandês, djola, moçambicano, kiswahili, cinyungwe, kikongo, tukano...), também das línguas das imigrantes no nosso país [amazigh, árabe, chinês, romeno...]. Não sei se visualizades a o nosso frente. Penso que não representa paiasada, mas um conceito de língua muito alternativo e inclusivo.
Creio que assim transmitimos a ideia de que não estamos sozinhas no mundo e que o que nos interessa não é só acumular património para transmitir como herança aos NOSSOS, mas comunicar-nos com o mundo sendo nós no presente.
poderiamos tentar convidar ao Narf (por exemplo) para que cante para nós, neste caso sim no NOSSO encerramento de acto, as suas canções em galego/moçambicano/línguasdaláquenãolembroonome.
Eu gostava de incidirmos no valor do ecolinguismo ( e assim a ver se ganhamos para o sim o voto da teresa ;) ).

M

MariadoMarLopes Wed 21 Jan 2015 10:58PM

Gosto das ideias da Susana! :-)

Eu também dizia o mesmo quamdo brincava às agachadas "por mim e pol@s meus amig@s/companheir@s"

Enviado de Samsung Mobile

-------- Mensagem original --------
De : "susana arins (Loomio)"

Data:21/01/2015 22:59 (GMT+01:00)
Para: [email protected]
Assunto: [AGAL] Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

ains, que já não sei que quero! quanto mais leio, mais duvido.

concordo totalmente com o que comentades de que não se importa o fim, mas também os meios, e que se o processo de convocatória não foi democrático não devemos transigir. Mas também penso que não ir e transigir.

porém, visto que por agora a maioria opta(mos) pola participação, vou dar avante e começar a grande chuva de ideias pro-manife:

quando jogavades às agachadas qual era a frase que usavades para salvar a todo o mundo? eu lembro a de “Por mim e polas minhas companheiras”. Proponho assistir-mos com uma lema dessa caste, que revire o oficial e faga ver a diversidade linguística como uma
riqueza. Podemos acompanhar a faixa com cartazes que portem denominações de variedades outras do galego [moçambicano, fisterrão, angolano, arraiano…] e de linguas não hegemônicas, sobretodo que partilhem espaço geográfico com o português [mirandês, djola,
moçambicano, kiswahili, cinyungwe, kikongo, tukano…), também das línguas das imigrantes no nosso país [amazig, árabe, chinês, romeno…]. Não sei se visualizades a o nosso frente. Penso que não representa paiasada, mas um conceito de língua muito alternativo
e inclusivo.

Creio que assim transmitimos a ideia de que não estamos sozinhas no mundo e que o que nos interessa não é só acumular património para transmitir como herança aos NOSSOS, mas comunicar-nos com o mundo sendo nós no presente.

poderiamos tentar convidar ao Narf (por exemplo) para que cante para nós, neste caso sim no NOSSO encerramento de acto, as suas canções em galego/moçambicano/línguasdaláquenãolembroonome.

Eu gostava de incidirmos no valor do ecolinguismo ( e assim a ver se ganhamos para o sim o voto da teresa ;) ).

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E

Ernesto Thu 22 Jan 2015 1:21PM

Diria-se que até discordando concordamos... não conheço tanto a gente... mas compreendo que não é uma decisão doada, não... ou talvez não é uma decisão coletiva doada, ou oportuna - como diz o Joam Paz - neste momento... mas acho que sim é uma decisão individual doada, e seguramente coletiva, para outro momento mais adiante...

P.s. Pareço Bilbo Baggins...;) "I don't know half of you half as well as I should like, and I like less than half of you half as well as you deserve."

GBL

Gonçales Blasco Luís Thu 22 Jan 2015 1:42PM

Homem, eu estou a fazer um trabalho dentro de Cerna que dá algum fruto; por exemplo contestou-se a Pro-língua em norma AGAL e em Ilg-rag. Se agora não me manifeste com os meus camaradas já me dirás

2015-01-22 14:22 GMT+01:00 Ernesto (Loomio) :

Diria-se que até discordando concordamos… não conheço tanto a gente… mas compreendo que não é uma decisão doada, não… ou talvez não é uma decisão coletiva doada, ou oportuna - como diz o Joam - neste momento… mas acho que sim é uma decisão individual doada, e seguramente coletiva, para outro momento mais adiante…

Pareço Bilbo Baggins…;) “I don’t know half of you half as well as I should like, and I like less than half of you half as well as you deserve.”

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PP

Paulo Padin Thu 22 Jan 2015 2:44PM

O reintegracionismo só cresceu nos espaços autónomos do nacionalismo galego. Nos espaços “controlados”, como a manifestação deste 8F, o reintegracionismo tem atribuído um papel subsidiário, doméstico, apenas tolerado.

Infelizmente, o único bom do 8F vai ser este debate :)

E

Ernesto Thu 22 Jan 2015 2:57PM

Foz, votaste à contra, mas pelo que dizes estás a favor... não confundirias o voto ? abraços!

SF

Sabela F Thu 22 Jan 2015 3:27PM

Perante tanta literatura apaixonada e veemente defendendo as vossas opinions, no que a mim respeita, só podo dizer que estas plataformas tam horizontais e potenciadoras do assemblearismo virtual, som, por contra, inibidoras da minha opiniom própria :))).
Sobretudo, porque eliminárom o meu estado pré-consciênte para opinar e obrigárom-me ainda que só fosse em diagonal a ler o “enjundioso” debate.
Definitivamente, concordo com @s discordantes por todo o argumentário exposto mas acho que a nossa divergência deve ser exclussivamente no sentido de nom acudirmos compactamente como associaçom à processom esclerosante e fagocitadora.
Pola contra, sim acho que tod@s @s pessoas reintegracionistas que formamos parte de movimentos sociais reintegracionistas de base, cada um no seu grau específico de militância, deveriamos estar aí, demonstrando que somos política linguística em movimento e portanto, antídoto à sua parálise permanente.
Nom se pode esquecer que embora nós vejamos interesses criados e instrumentalizaçom da língua por parte da plataforma convocante, para a maior parte das pessoas que acudiram de toda Galiza , a manife será somentes um acto solidário pola nossa língua.
Nesse sentido, a nossa presença deveria estar garantida atravês de acçons visibilizadoras da nossa grafia e cosmovisom, bem com cartazes a título pessoal ou bem somando-nos individualmente às estratégias pensadas por colectivos reintegracionistas de base no que refere à posta em circulaçom do seu próprio material e objectivos .
Deste jeito, como reintegracionistas deveriamos estar e colaborar na medida do possível em:
1.- Distribuiçom dos faqs do reintegracionismo ou doutro material ludoreintegracionista.
2.- Venda de material ( Gentalha, Semente, Agal...etc), colaboraçom na arrecadaçom de fundos para a Semente...etc.

Por último, nom podo deixar de imaginar um acto situacionista no qual as escolas de ensino em galego Semente irrompessem com o lema: Semente: Eis @s noss@as filh@s. (Política linguística de factos consumados. :)))

MCV

Manuel César Vila Thu 22 Jan 2015 4:48PM

Não lembro onde li que éramos o povo do mundo que mais manifestações convocava por causa da sua língua, a minha memória cada vez é mais fraca. Ligado com este facto também usufruíamos do recorde no número de manifestantes em defesa de uma língua no mundo. Mas já digo, não sei onde li, e para além disto, não encontrei dados sobre estas questões para garantir sua veracidade. Suponho que será deformação profissional mas adoro os bancos de dados.
Em contrapartida, os dados sobre o uso e o conhecimento da língua galega na Galiza estão disponibilizados no site do Instituto Galego de Estatística, qualquer um de nós pode rever. Apanhando os resultados dos três últimos recenseamentos (1991, 2001 e 2011) podemos testar muita coisa. A estatística é o que tem, se estás aborrecido uma tarde de inverno, como a de hoje, podes fazer projeções para a frente e tentar de imaginar o futuro. Desta vez, achei que a folha de cálculo estava errada e desliguei de vez o computador. Não podia acreditar. Dentro de sessenta anos não existiam pessoas a falar sempre galego na Galiza.

AV

Alonso Vidal Thu 22 Jan 2015 5:01PM

Isso, não apoiemos a manifestação porque, ainda que quem convoca é Queremos Galego, todo mundo sabe que quem está detrás são os do BNG, nomeadamente os estalinistas da UPG. Ergo esta mani é política e como sabemos todos e todas devemos deslindar a política da defesa da língua. A defesa da língua não é política e os que melhor a defenderam neste tempo são os "não políticos". Fagamos marés cidadãs, convoquemos só aos reintegratas, fujamos dos políticos que "algo querem" e nunca defenderam o galego (os do BNG, claro). Ou fiquemos na casa, na rede, lendo e teorizando, esperando a que a sociedade se decate da nossa postura, nos busque e nos convoque à defesa da língua. Se nos promete que não são de direitas nem de esquerdas, senão de abaixo; se nos juram que não são políticos, mas gente "do comum", então será o momento de sair. Ou isso ou esperar a que já nada seja preciso e emigrar para Portugal.

2015-01-22 16:36 GMT+01:00 Sabela F (Loomio) :

Sabela F
disagreed on the proposal: Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

Por todo o que já comentei dabondo na outra beira do foro (O lado da discusom).

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SS

Suso Sanmartin Thu 22 Jan 2015 6:57PM

"Na Galiza falam-se diariamente duas línguas: o galego e o castelhano. Mas toda a cidadania galega é educada diariamente em que só a língua de Castela, apesar das suas múltiplas diferenças internas, é uma língua internacional falada em muitos países do mundo. Nunca nos dixérom o mesmo do idioma próprio da Galiza! Nunca nos dixérom que a nossa língua multiplica, que é umha riqueza para a cidadania galega. O galego é conhecido internacionalmente como português, língua oficial de oito países em quatro continentes. O potencial desta dimensom internacional do galego está escondido e totalmente desaproveitado."

(trecho retirado do manifesto intitulado "Keep Calm and teach/learn galician portuguese" lançado pola AGAL com motivo da manif convocada em 27 de janeiro de 2013 por Queremos Galego)

A data escolhida por Queremos Galego (QG) é umha data mui simbólica. No vindouro 8 de fevereiro comemoraremos, como sabedes, o 6º aniversário da manifestaçom convocada sob o(s) lema(s) "SÍ / Bilingüe / Quiero libertad para elegir" (http://1.bp.blogspot.com/_Ix4bRW-x-p8/SYHTyKFFNKI/AAAAAAAAANs/cXndyQ44n34/s400/cartelmanifestacion.png) por Galicia Bilingüe (GB) em Compostela. Estávamos em pré-campanha daquela (eleições autonómicas 2009) e estamos em pré-campanha agora (autárquicas 2015).

Ao meu modo de ver, a convocatória desta manifestaçom de QG chega tarde. Mui tarde. 6 anos tarde. Esta manifestaçom tinha que ter sido convocada imediatamente depois e como resposta à manifestaçom de GB. O sucesso de convocatória teria sido espetacular, diretamente proporcional à magnitude da ofensa do espanholismo mais rançoso (embora disfarçado de "bilingüismo"). Se as minhas informações som corretas, naquele mesmo dia (DOM 8-F 2009, Domingo Oleiro) o Conselho da AGAL (presidido naquela altura polo Alexandre Banhos) propujo à diretiva d'A Mesa convocar essa manifestaçom com carater imediato. Que no fim-de-semana a seguir estivéssemos imersos já de cheio em plena campanha eleitorar nom foi impedimento para que Galiza Nom Se Vende celebrasse a sua manif (DOM, 15-FEV-2009), assim que suponho que se poderia. O caso que, polo que fora, À Mesa nom lhe pareceu oportuno e nom houvo manifestaçom de repulsa. Quem sabe se Feijóo teria ganho as eleições do 1º de março (Domingo de Pinhata) de ter-se celebrado a manif!

Mas agora, após 6 anos dum "Feixismo" que nom quigeram ou nom souberam evitar a tempo, esta convocatória é um quero e nom podo (QUEREMOS vs PODEMOS).

Dito isto, regresso à citaçom do início. Com frequência nos lamentamos da apropriaçom indevida que o espanholismo (supremacismo espanholista) fijo do discurso do bilinguismo. O "nacionalismo galego", nom, mas o reintegracionismo da AGAL sim que tem desde há um tempo um discurso do bilinguismo. Esta manifestaçom (de decidirmos ir como AGAL) pode ser umha oportunidade para pôrmos em valor isso.

Ainda que claramente anti-governamental, do título do manifesto de QG (pola glória de m... polos filhos das nossas filhas) infere-se que a cousa está focada na transmissom inter-geracional da língua (que a cadeia/corrente de transmissom da língua esteja quebrada só é relativamente responsabilidade deste governo e de governos anteriores, a sociedade galega teria algumha responsabilidade nisto),

A Lei Paz-Andrade (aprovada por unanimidade, lembremos, por todos os grupos políticos no Parlamento Galego) abre umha janela de oportunidade para que, por exemplo, se podam ver na Galiza canais de desenhos animados em galego-português que podam ajudar as famílias que assim o desejam a educar os seus filhos na língua própria da Galiza.

Os galegos e as galegas temos um perfeito domínio do castelhano e nom parece que nada nem ninguém vaia mudar isso num futuro próximo ou longínquo. Isso é umha riqueza e parará, pororó... O domínio do galego nom é percebido polas galegas e galegos como umha riqueza e o que há que mudar é precisamente isso. Cômo? Nom é fácil (a inércia em sentido contrário é de séculos) mas parece que se nom é ponhendo-o em relaçom com outras variantes que polo mundo afora há da nossa língua (português, brasileiro, angolano...) vai ser mui difícil. Mas precisamos já, sem mais demora, dum reconhecimento oficial disso (binormativismo e todo o que isso conleva). Se nom é, por enquanto, das altas instâncias governamentais que seja ao menos pola parte do "nacionalismo".

SIM , BILINGUES. Mas a diferença de GB nós nom queremos escolher, queremos continuar a falar as duas línguas românicas mais faladas no mundo: o castelhano/espanhol (língua materna de muitos/as galegas/os já) e o galego/português (a língua própria da Galiza). É um privilégio que nengum outro povo tem e que só aproveitamos uns poucos. Socialicemos esta ideia!

Entom, como homenagem a Gloria Lago, a Gabi, a Manquiña... eu proponho irmos à manif em plam GALIZA BILINGUE de verdade (PARA BILINGUES, NÓS), insistindo na importância de que os/as galegos/as castelhano-parlantes nom perdam definitivamente o galego d@s seus pais/avôs/bisavôs... (essa riqueza) e na importância de aprendermo-lo bem (em versom extensa e útil).

Ainda que muito mal expressada (pouco talento literário e muita pressa) essa era a ideia. Mais um contributo para o debate. Parabéns ao Conselho da AGAL por abrí-lo às/aos sócias/os e, como bem dixo o amigo Miguel Serrano, cousas como estas enchem a um de "agálico" orgulho! :)

M

MariadoMarLopes Thu 22 Jan 2015 8:26PM

Estou dacordo com Xiko

Enviado de Samsung Mobile

-------- Mensagem original --------
De : "Xiko Paradelo (Loomio)"

Data:22/01/2015 18:52 (GMT+01:00)
Para: [email protected]
Assunto: [AGAL] Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

Xiko Paradelo concordou na proposição: Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

Acho melhor pôr a generosidade com a nossa língua por diante das táticas. O reintegracionismo, já há tempo, tinha como objetivo convocar uma mani em defesa da língua pola sua própria força. Melhor não criar mais fragmentações.

Responda a este e-mail diretamente ou veja-o no Loomio ( http://www.loomio.org/m/15ghXyb2/achas-que-a-agal-deve-participar-como-coletivo-na-manifestacom-deste-8f?utm_campaign=thread_mailer&utm_medium=email&utm_source=new_vote ).

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PP

Paulo Padin Thu 22 Jan 2015 8:54PM

A mim preocupa-me mais a eloquente diferença entre o número de pessoas que quer "galego" e o número de pessoas que quer Semente(s) que o facto da sigla AGAL aparecer ou não.

GBL

Gonçales Blasco Luís Fri 23 Jan 2015 12:17PM

O da "sementes" é outra história. Eu quando cheguei da França defendi um modelo tipo ikastola ou Diwan bretão. Fui considerado reacionário por ir a um ensino privado. Hoje Ikastolas e Diwan estão integradas no ensino público e na Galiza descobre-se um modelo privado quando o galego agoniza. A mim -pessoalmente- não me afecta porque o meu filho mais novo tem 26 anos. Simpatizo pois com Semente mas a minha economia não me permite colaborar e ainda me dói as que tive que ouvir em 1977 e seguintes por ser "partidário de um ensino privado"

No dia 22 de janeiro de 2015 às 21:54, Paulo Padin (Loomio) escreveu:

A mim preocupa-me mais a eloquente diferença entre o número de pessoas que quer “galego” e o número de pessoas que quer Semente(s) que o facto da sigla AGAL aparecer ou não.

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BV

Bruno Vilela Fri 23 Jan 2015 12:28PM

Gostei da argumentaçom de Suso Sanmartim que me ajuda a reafirmar-me no meu sim (que tampouco era tam sólido).

SS

Suso Sanmartin Fri 23 Jan 2015 12:30PM

Gosto de que gostes, Bruno Vilela. E de que mo digas. E de que che sirva :)

PP

Paulo Padin Fri 23 Jan 2015 1:36PM

Eu não defendo o ensino privado, Foz. O meu filho estuda na pública: tudo em euskera :)
Porém, do que se trata é de fazermos uma boa diagnose da realidade que temos na Galiza e de agirmos em consequência… É só isso.

Voltando ao debate da nossa assistência ou não como coletivo no 8F, penso que este é um muito bom momento para expressarmos publicamente as nossas diferenças a respeito do “mainstream” do nacionalismo galego.
Em primeiro lugar, porque já é de domínio publico que estamos a debatê-lo.
E em segundo lugar, porque é algo que vai sair recorrentemente no futuro. Em vista da contumácia do “mainstream”... O “ano do Filgueira Valverde” parece-me o momento ideal :)

ACL

Antia Cortiças Leira Fri 23 Jan 2015 2:18PM

:D alinhando com o Suso... e... sendo apenas mais uma mani sem muito mais quid do que isso afinal...

Matemos uns quantos coelhos de uma cajada só!

Bi-godismo
Bi-linguismo
Bi-lusismo
Bi-grafismo
Bi-morfismo
Bi-ludismo
Bi-nómio
Bi-sexual
Bi-gamia
Bi-face
"Bi"-you
...
Just "Bi"... "Bi"-happy!

M

MariadoMarLopes Fri 23 Jan 2015 9:47PM

Pois eu estou dacordo com um ensino ptivado em galego. Tem de havê-lo. Assim evitamos a sua desaparição quando entra no poder um partido reacionário. Tu de reacionário não tens nada. Mas sei do que falas, a mim também mo chamaram quando defendi esse modelo..

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-------- Mensagem original --------
De : "Gonçales Blasco Luís (Loomio)"

Data:23/01/2015 13:18 (GMT+01:00)
Para: [email protected]
Assunto: [AGAL] Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

O da “sementes” é outra história. Eu quando cheguei da França defendi um modelo tipo ikastola ou Diwan bretão. Fui considerado reacionário por ir a um ensino privado. Hoje Ikastolas e Diwan estão integradas no ensino público e na Galiza descobre-se um modelo
privado quando o galego agoniza. A mim -pessoalmente- não me afecta porque o meu filho mais novo tem 26 anos. Simpatizo pois com Semente mas a minha economia não me permite colaborar e ainda me dói as que tive que ouvir em 1977 e seguintes por ser “partidário
de um ensino privado”

No dia 22 de janeiro de 2015 às 21:54, Paulo Padin (Loomio) escreveu:

A mim preocupa-me mais a eloquente diferença entre o número de pessoas que quer “galego” e o número de pessoas que quer Semente(s) que o facto da sigla AGAL aparecer ou não.

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A

abanhos Fri 23 Jan 2015 10:02PM

Porém eu vou ir com a gente da AGAL as nossas faixas, e a defesa da nossa língua internacional. E tiremos sentimentos a língua e demos-lhe conteúdo e firmeza

GBL

Gonçales Blasco Luís Fri 23 Jan 2015 10:56PM

Paulo, para que hoje haja um ensino público em eusquera teve que haver antes umas ikastolas privadas. Falo de 1977 e, evidentemente, que eu defendo o ensino público em todas as partes mas que são as Sementes? não as vamos defender?

No dia 23 de janeiro de 2015 às 23:03, abanhos (Loomio) escreveu:

Porém eu vou ir com a gente da AGAL as nossas faixas, e a defesa da nossa língua internacional. E tiremos sentimentos a língua e demos-lhe conteúdo e firmeza

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PP

Paulo Padin Sat 24 Jan 2015 9:26AM

Claro Foz!
Quem pensa que defender o ensino público e Semente é contraditório assimila a realidade galega à realidade de Cuenca. “Semente” é uma necessidade, não um capricho elitista. Penso que tod@s concordamos nisso.

Por outro lado, o “toda a culpa é do Feijóo” não só é um mau diagnóstico da situação SOCIOlinguística. Também leva, inevitavelmente, devido a correlação de forças eleitorais, ao enfado permanente, à frustração paralisante.
Na minha opinião, AGAL, como coletivo, não devia validar isso.
Abraço a tod@s!

XT

Xemma Tedín Sat 24 Jan 2015 9:40AM

No início tinha claro o não. Além de estar de acordo com todos os argumentos contra, preocupa-me também o esgotamento do formato manifestação (e outros) porque tenho a sensação de que já estão tão marcados socialmente (como moitos dos discursos que empregamos) que nem se vem nem se ouvem fora dos nossos círculos (“boh! São ess@s do galego” ou ainda do português...). Como quem ouve chover e ficamos em uma ilha de autoconsumo.
Mas... depois de ver todo o entusiasmo na mensagem e na encenação... parece que o de menos vai ser o contexto... e pronto... ainda não sei que quero...

M

MariadoMarLopes Sat 24 Jan 2015 7:03PM

totalmente de acordo. É assim!

Enviado de Samsung Mobile

-------- Mensagem original --------
De : "Gonçales Blasco Luís (Loomio)"

Data:23/01/2015 23:56 (GMT+01:00)
Para: [email protected]
Assunto: [AGAL] Achas que a AGAL deve participar como coletivo na manifestaçom deste 8F?

Paulo, para que hoje haja um ensino público em eusquera teve que haver antes umas ikastolas privadas. Falo de 1977 e, evidentemente, que eu defendo o ensino público em todas as partes mas que são as Sementes? não as vamos defender?

No dia 23 de janeiro de 2015 às 23:03, abanhos (Loomio) escreveu:

Porém eu vou ir com a gente da AGAL as nossas faixas, e a defesa da nossa língua internacional. E tiremos sentimentos a língua e demos-lhe conteúdo e firmeza

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E

Ernesto Sun 25 Jan 2015 3:41PM

Tenho de dizer que se de inicio nao entendi bem a logica deste debate... Mais fui gostando conforme fui lendo a gente e vendo os votos... Para alem do resultado... Acho que ha uma grande sintonia... Porque os que nao queremos ir fazemos nao por nao ir senao apenas para que este coletivo evidencie claramente o que ja... De feito esta a fazer... E a contrario... Ou pelo mesmo... Os que acham que se deve ir destacam nessa vontade de ir as reticencias e o mesmo discurso da necessidade do coletivo provar outras vias...

Saude

MP

Miguel Penas Sun 25 Jan 2015 8:13PM

A só umhas horas de fechar o debate, tenho que dizer que foi realmente bom para carregar as pilhas e os ánimos. Que um 20% da base associativa se tenha inscrito no Loomio é, mesmo, encorajador.

Gostei muito, também, de quase todas as opiniões, acho que a imensa maioria som construtivas e exprimidas desde o respeito. Reconhecendo que estamos todas e todos no mesmo barco mas que por vezes é preciso refletir, e se este exercício é realizado de jeito coletivo ainda melhor.

Ainda que seja a última hora, vou mudar o meu sentido do voto para um 'de acordo' posto que, agora, mesmo acho que seria bom encontrarmo-nos e ter umha linda jornada de convívio.

Obrigado a todas e todos

BV

Bruno Vilela Sun 25 Jan 2015 9:31PM

Já fora de tempo, mas para aclarar algum comentario que afecta as escolas de ensino galego Semente, dizer que nos nom nos consideramos iniciativa privada, consideramo-nos iniciaria popular (nom confundir com o partido). Bem sei que a jurisdição espanhola e quasi toda europeia, nom contempla este tipo de organização social, reconhecendo unicamente o binomio publico-privado e limitando a iniciativa popular a umha recolhida de sinaturas. Nos, que creio poder dizer que temos certa tendência a insubmissom, pensamos que existe um terceiro espaço de organizaçom social além do mencionado binomio e que outras legislaçons sim reconhecem, como a venezolana. Polo tanto, ainda que neste contexto desde o ponto de vista jurídico somos considerados iniciativa privada sem ánimo de lucro (de facto somos mais privados que Las Esclavas de Jesus já que nos nom recibimos um cêntimo de dinheiro público), nos, polo jeito que temos de organizar-nos, financiar-nos... e sobre todo pola motivaçom da nossa presença consideramo-nos iniciativa popular, social ou comunitaria. Como mui bem comentava alguém nom inventamos nada novo, muitas naçons sem Estado encetarom caminhos como este há décadas. Mais nada, forte abraço a todas.

MP

Miguel Penas Sun 25 Jan 2015 9:46PM

Isso é evidente Bruno, a AGAL também é privada ;) e mesmo os sindicatos :)

Um bom esclarecemento. Se todo o que nom é público é privado, teremos que falar de iniciativas lucrativas ou nom-lucrativas mas que produzem benefícios. Como é o caso da Semente.

ATP

Aurora Tasende Pombo Mon 26 Jan 2015 12:31PM

Acho que não é importante participar como organização nesta manifestação porque não temos uns objectivos em común.Podemos propor-lhe à Plataforma convocar conjuntamente, com mais antelação, uma manifestação a favor do ensino do português nas escolas em aplicação da lei 1/2014 do 24 de março para o aproveitamento da língua portuguesa e vínculos com a lusofonia. Deste jeito avançaríamos na concretização da maneira de normalizar e revitalizar a língua galega.

B

Bernardo Mon 26 Jan 2015 7:00PM

Amigas e amigos, agradeço ao Miguel e ao Conselho que me informassem da existência deste grupo de debate e que facilitassem a minha incorporaçom.
Acabo de ler demoradamente as mensagens. Gostei muitíssimo do clima sossegado de intercámbio de pareceres. Está infinitamente melhor do que estava três ou quatro anos atrás e essa madureza é fundamental para podermos avançar.
Noutras palavras: este clima é estimulante para participar, da mesma maneira que aquelas velhas guerras intestinas também o eram... mas para fugir.
Embora seja tarde para votar, eu manifesto aqui a minha opiniom.
1.- A respeito das formas. As 24 horas nom som nada novo. Desde julho de 2002 nunca a AGAL deixou de assistir às convocatórias. No diálogo entre entidades normalizadoras nunca estivemos num segundo plano. Tomamos a iniciativa de conversar, convidamos sempre as outras entidades a participarem nos eventos por nós organizados e assistimos sempre que se nos convidou. Mas o relacionamento foi sempre assimétrico.
Fomos convidados a secundar convocatórias "unitárias" já cozinhadas no estilo: "isto é o que há... se queres vem".
Ainda assim, nesta ocasiom eu seria partidário de apoiar, mas de fazer entrega aos organizadores dum documento escrito em que se recolham: a) as nossas críticas a esse funcionamento nada participativo; b) a advertência de que, em caso de se repetirem estas formas, nom apoiaremos mais este tipo de convocatórias.

Fique claro que proponho enviar esse escrito unicamente à entidade convocante, nunca publicá-lo no PGL nem muito menos enviá-lo aos meios de comunicaçom convencionais.

  1. A respeito dos conteúdos. Para mim esta é a questom fundamental, muito por cima de convocatórias pontuais. Tenho claro: ou o reintegracionismo articula umha estratégia alternativa ou o movimento em favor do idioma irá morrendo paulatinamente. Esta próxima manifestaçom é mais um episódio da "política linguística das proclamas" que nem sequer chega aos de sempre. O dinheiro vai-se em materiais fungíveis e em deslocamentos. Na tarefa de tecer essa rede alternativa desde a base, podedes contar comigo.